quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sobre HIV e Aids; dúvidas e respostas




Psicólogo e Sexólogo Paulo Bonanca
www.paulobonanca.com

1. Aids e HIV

A Aids existe mesmo?
Sim. A Aids não é uma invenção da imprensa. É uma doença relativamente nova, conhecida desde a década de 80, que já provocou milhares de mortes no mundo inteiro.

O que é a Aids e o que a provoca?
Aids (em inglês) ou Sida (em português) quer dizer: Síndrome (conjunto de sinais e sintomas) da Imuno (termo relativo ao sistema imunológico do corpo, a defesa contra os germes) Deficiência (enfraquecimento) Adquirida (não hereditária). Ela é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH, em português, ou HIV, em inglês), que entra no corpo e, após um período de tempo, destrói o sistema imunológico do organismo.

Uma pessoa tem aids quando o vírus já causou dano suficiente ao sistema imunológico, permitindo que outras infecções e alguns tipos de câncer se desenvolvam. Essas doenças debilitam a pessoa.

Qual é a origem da Aids?
Existem muitas hipóteses sobre o surgimento da aids, da criação em laboratório ao uso de sangue de macaco em rituais.

O certo é que ela foi registrada primeiramente nos Estados Unidos, no início da década de 80 (1981), a partir do surgimento de doenças graves, como sarcoma de Kaposi e pneumonia por Pneumocystis carinii, e diminuição das defesas do organismo em pacientes do sexo masculino com comportamento homossexual.
Em 1983 foi identificado o agente que causava essas manifestações, hoje conhecido como vírus da imunodeficiência humana, HIV.

Sabe-se que o HIV é um retrovírus, da mesma família do SIV, ou vírus da imunodeficiência dos símios, que acomete o macaco-verde, que vive na África. É improvável que tenha havido uma mutação (transformação) do vírus do macaco (SIV) para o vírus que acomete os humanos (HIV). A teoria mais aceitável é que os dois tipos de vírus evoluíram de uma origem comum.

O que é o HIV?
O HIV, como diversos tipos de vírus, é muito pequeno, pequeno demais para ser visto através de um microscópio comum. Os outros vírus causam todo tipo de doença, de gripe a herpes, passando por sarampo, rubéola, poliomielite e até alguns tipos de câncer. Existem dois grupos de HIV, o 1 e o 2, e vários subgrupos.

Como o HIV entra no corpo humano?
Para entrar no corpo humano o HIV precisa utilizar as chamadas "portas de entrada", que são vias de acesso que permitem que o vírus penetre na corrente sangüínea de outra pessoa. Essas vias de acesso podem surgir durante as relações sexuais, pelo uso de agulhas e seringas contaminadas, por meio de feridas ou cortes em pele ou mucosas, pelo recebimento de sangue contaminado (a doação de sangue não traz risco algum).

Para se reproduzir, o HIV deve entrar em uma célula do organismo neste caso, uma célula do sistema de defesa. Ele interfere no funcionamento das células que nos protegem contra infecções. E deixa o organismo indefeso, sem proteção contra alguns tipos de doença que essas células geralmente combatem.

O HIV tem uma vida muito curta fora do corpo humano. Devido a esse fato, ao sair do corpo de uma pessoa ele precisa entrar rapidamente no de outra para sobreviver e continuar se multiplicando.

Como o HIV causa a diminuição das defesas do organismo?
Cada vírus tem "afinidade" por um tipo de célula para se instalar e se multiplicar. Por exemplo: o vírus que causa hepatite tem afinidade pelas células do fígado, o que provoca caxumba, pelas glândulas parótidas e o HIV sente uma "atração" especial pelo linfócito T, célula do sangue que é responsável pelo comando do sistema imunológico (sistema de defesa). Ele também tem atração pelos monócitos (outras células do sangue) e pelas células do sistema nervoso.

Para se reproduzir, o HIV entra no linfócito T, auxiliado por uma proteína chamada CD4, que se encontra em volta da célula.

A proteína CD4 abre a passagem para que o HIV entre no linfócito. Após penetrar no linfócito, o HIV transformado em fábrica de novos vírus. Depois de produzir os novos vírus, os linfócitos são destruídos e os vírus, liberados, o que permite que ataquem outros linfócitos.

Como muitos linfócitos são destruídos para que os vírus se multipliquem, o sistema de defesa se desequilibra e enfraquece, deixando o organismo sem condição de reconhecer os agentes invasores.

Quais são os primeiros sintomas da Aids?
Após o contágio é possível que se passem até mais de dez anos sem que apareça nenhum sintoma. Porém, quando a doença começa a se manifestar, os primeiros sintomas mais freqüentes são:

• Sudorese noturna: suor intenso durante a noite.
• Febre diária: pode não ser muito alta (até 38 graus), porém aparece todos os dias.
• Cansaço: sensação constante de cansaço, mesmo estando em repouso.
• Diarréia: que não pára com nada e pode durar muito tempo.
• Gânglios: ínguas embaixo do braço, no pescoço e na virilha, que podem durar muito tempo.

Mas atenção! Como se pode ver, estes sintomas e sinais são comuns a muitas doenças. É fundamental que um médico seja consultado para esclarecer quaisquer dúvidas.

O que são doenças oportunistas?
As infecções que se desenvolvem porque o HIV enfraqueceu o sistema imunológico são chamadas "doenças oportunistas". Entre elas estão a tuberculose, as pneumonias, as diarréias, candidíase na boca, infecções do sistema nervoso, como, por exemplo, a toxoplasmose e as meningites.
Algumas pessoas também podem desenvolver alguns tipos de câncer, como o sarcoma de Kaposi, que muitas vezes aparece como manchas na pele.

O que é um "aidético" saudável?
Em primeiro lugar, não se deve utilizar o termo "aidético" porque é uma palavra que discrimina. A pessoa portadora do vírus que é assintomática, ou seja, que não tem os sintomas da aids, pode ser considerada saudável, uma vez que não desenvolveu a doença, mas essa "pessoa saudável" tem possibilidade de transmitir o vírus. É aconselhável utilizar os termos "portador do HIV" ou "pessoa HIV positivo".

Como posso saber se uma pessoa tem Aids?
Não é possível saber. Não dá para perceber quem tem ou não aids. A pessoa pode estar infectada com o vírus e ter uma aparência completamente normal; há casos em que a doença demora muitos anos para começar a se manifestar. Só o teste anti-HIV pode confirmar se uma pessoa é ou não portadora do vírus.

Quais as precauções que um portador do HIV ou doente de Aids
deve tomar?
• Usar camisinha em todas as relações sexuais, para não infectar os outros e para não se infectar novamente com outro tipo de vírus da Aids.
• Não doar sangue.
• Para melhorar as defesas que o vírus destrói, deve alimentar-se bem; as pessoas bem nutridas pegam menos infecções oportunistas.
• Parar de usar drogas e de consumir bebidas alcoólicas.
• Dormir bastante (ao menos oito horas diárias).

2. Como se transmite o HIV

Como se contrai o HIV?
O HIV poder ser encontrado em fluidos do organismo, como sangue, sêmen (esperma), secreções vaginais e leite materno.

Qualquer prática que permita o contato desses fluidos com as mucosas e a corrente sangüínea de outra pessoa pode causar a infecção pelo HIV.

Quais são as formas mais importantes de transmissão do HIV?
O HIV é transmitido de pessoa para pessoa de três maneiras importantes:
• Quando o sêmen ou fluido vaginal de uma pessoa infectada entra em contato com a mucosa (membrana) da vagina, do pênis ou do reto e o vírus penetra na corrente sangüínea.
• Quando a pele é perfurada por uma agulha ou outro objeto cortante (lâmina de barbear, instrumento de tatuagem) em que há restos de sangue de uma pessoa infectada pelo HIV É muito arriscado compartilhar a mesma agulha e a mesma seringa com usuários de drogas. Quaisquer seringa e agulha não esterilizadas podem transmitir o vírus. Recomenda-se a utilização de seringas descartáveis.
• Quando a gestante está infectada, pois o HIV pode ser transmitido por meio da placenta antes de o bebê nascer, na hora do parto ou durante o aleitamento materno após o nascimento.

Quanto tempo o vírus sobrevive no meio ambiente?
O HIV resiste pouco tempo no meio externo. Ele é inativado por agentes físicos (calor) e químicos (hipoclorito de sódio, glutaraldeído, entre outros).

Como a infecção pode ser evitada?
Pessoas que usam preservativos corretamente em todas as relações sexuais protegem-se da infecção pelo HIV e por germes causadoras de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Um indivíduo que não tem relações sexuais e não se injeta drogas (ou usa agulhas e seringas esterilizadas para tais ocasiões) não tem probabilidade de contrair o HIV ou outras DST.

Pessoas que são mutuamente fiéis (isto é, só fazem sexo entre si) não estão expostas ao risco de contrair HIV e DST por via sexual desde que ambas sejam HIV negativo e não tenham sido infectadas posteriormente por sangue contaminado (por meio de transfusão, drogas injetáveis com agulhas e seringas usadas).

Algumas pessoas têm maior probabilidade de contrair o HIV?
Sim. Depende de sua conduta. Alguns comportamentos ou atividades representam um risco maior de contrair o HIV do que outros e incluem:
• Pessoas que não usam preservativos em todas as relações sexuais.
• Indivíduos que já têm outras DST e continuam mantendo relações sexuais sem proteção.
• Usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas e seringas.

Determinadas situações que estão fora do controle da pessoa podem colocá-la em risco. São elas:
• Receber injeções com agulhas usadas ou não esterilizadas adequada, mente.
• Receber uma transfusão de sangue sem que este tenha sido testado.
• Nascimento de crianças de mães HIV positivo.

2.1. Transmissão sexual

A relação sexual é a forma mais comum de transmissão do HIV em nosso país. Entretanto os riscos de infecção variam conforme o tipo de relação sexual.

Relação sexual anal - penetração do pênis no reto. É a forma de relação sexual que apresenta maior risco de infecção, tanto para homens quanto para mulheres. A mucosa do ânus não apresenta lubrificação própria, como a da vagina, sendo portanto mais frágil e fácil de apresentar ferimentos pelo traumatismo provocado pela penetração do pênis. A mucosa anal também possui uma grande capacidade de absorção (permite que os líquidos passem com facilidade), como se fosse uma esponja, aumentando o risco de contrair o HIV e outras DST. O risco existe também para quem penetra, isto é, quem introduz o pênis no (a) parceiro (a), caso o pênis e a mucosa anal tenham algum ferimento. Mesmo que esses ferimentos sejam tão pequenos que não possam ser percebidos, podem permitir a passagem do vírus de uma pessoa para outra.

Relação sexual vaginal - penetração do pênis na vagina. Esse tipo de relação sexual oferece um risco de infecção muito maior para as mulheres do que para os homens.

Para a mulher o risco de infecção é grande porque:
• a mucosa vaginal (película que reveste a vagina), mesmo sendo lubrificada, pode ser lesada durante a penetração do pênis, permitindo que o vírus entre pelos ferimentos causados;
• a secreção da ejaculação fica muito tempo em contato com a mucosa vaginal;
• a mucosa vaginal também pode absorver a secreção da ejaculação.

O homem também corre o risco de infectar-se durante uma relação vaginal porque o atrito da penetração pode causar ferimentos que não são percebidos mas permitem a entrada do vírus caso a mulher esteja infectada.

Relação sexual oral - contato da boca com o órgão genital masculino ou o feminino. Mesmo que a mucosa da boca e a da garganta tenham uma capacidade de absorção pequena (menor que a do ânus e a da vagina), podem permitir a passagem de secreções e também do HIV O risco de infecção aumenta muito caso existam ferimentos ou inflamações nessas áreas. Das formas citadas o sexo oral é o que apresenta menor risco.

O que significam "sexo seguro" e "sexo protegido"?
A prática de atividades como masturbar-se, massagear-se, roçar-se, abraçar-se e fazer carícias genitais irá evitar que o sangue, o sêmen ou secreções vaginais de um parceiro entrem em contato com o sangue do outro e, dessa forma, prevenirá a transmissão do HIV.

O uso correto e constante de preservativo (camisinha) na relação reduz o risco de infecção com HIV e outras DST Foi demonstrado que preservativos de látex são eficazes na proteção contra HIV, DST e gravidez, mas a utilização incorreta diminui sua eficácia porque, por exemplo, pode fazer com que eles se rompam. A relação sexual com preservativo é chamada de "sexo protegido".

Embora apenas um pequeno número de pessoas tenha contraído HIV por esses meios, as práticas seguintes apresentam algum risco:
• felação (introdução do pênis na boca);
• sexo oral vaginal (boca na vagina);
• sexo oral anal (boca no ânus).

As seguintes práticas representam, sem dúvida, alto risco:
• sexo anal (introdução do pênis no reto) sem preservativo;
• sexo vaginal (introdução do pênis na vagina) sem preservativo;
• qualquer prática sexual que cause sangramento;
• esperma ou sangue levado à boca durante sexo urogenital.

A mulher pode transmitir o HIV quando transa com outras mulheres?
Existem alguns poucos casos no mundo de mulheres que pegaram Aids porque transaram com outras mulheres. Sabe-se que o líquido vaginal e o sangue menstrual contêm quantidades suficientes do vírus para contaminar. O importante é não transar quando uma das duas estiver menstruada. Se usarem vibradores ou outros objetos, eles não podem ser compartilhados, a menos que se coloque camisinha neles. O contato entre a boca e o clitóris NÃO traz nenhum risco. É importante evitar o contato com o sangue e o líquido vaginal.

É possível uma mulher se contaminar se o esperma de um homem infectado tocar alguma parte de seu corpo?
O esperma que tiver o vírus da aids pode contaminar, sim, se entrar pela vagina, pelo ânus ou pela boca; se pegar em qualquer outra parte do corpo que não tenha uma ferida aberta, o perigo de transmissão pratica- mente não existe.

É possível uma mulher se infectar se tiver relação apenas uma vez com um homem que tem Aids?
Sim. Ainda que seja somente uma vez, se a relação se der sem camisinha é possível se contaminar com o vírus da aids. É como ficar grávida: existe possibilidade de engravidar transando uma única vez.

Quantos parceiros são necessários para infectar-se com HIV ou doenças sexualmente transmissíveis (DST)?
Um único contato com uma pessoa infectada pelo HIV ou por DST é suficiente para que haja transmissão. Entretanto, a probabilidade de contrair HIV aumenta de acordo com a quantidade de parceiros sexuais e com o número de relações sexuais desprotegidas. A presença de uma DST eleva o risco de transmissão do HIV.

Homens e mulheres têm o mesmo risco de infecção pelo HIV?
As mulheres são mais vulneráveis à infecção pelo HIV do que os homens. A área de mucosa da vagina é maior que a do pênis e, portanto, fica mais exposta durante a relação sexual, podendo ser mais facilmente penetrada pelo vírus. Além disso, após a ejaculação o esperma, que pode conter muitos vírus, fica por algum tempo na vagina e no próprio útero.

Se a mulher estiver menstruada, o risco de infectar-se é maior?
O sangue menstrual de mulheres infectadas contém o vírus. Tanto a mulher quanto o homem correm um risco muito maior de contrair o HIV através da relação sexual durante a menstruação.

2.2. Transmissão sangüínea

É possível se infectar por transfusão de sangue ou seus derivados?
Receber transfusão de sangue que não tenha sido testado é muito perigoso. Atualmente, entretanto, todos os bancos de sangue oficiais testam o sangue para transfusão e, assim, os riscos de contaminação são bem mais reduzidos.

É possível se infectar doando sangue?
Não é possível contrair o HIV doando sangue desde que o material usado (agulha de injeção) seja esterilizado ou descartável.

Como se contrai o HIV através de agulhas ou seringas de injeção?
Uma pequena quantidade de sangue fica na agulha ou na seringa após alguém utilizá-las. Se outra pessoa usar essa mesma agulha ou seringa, tem esse sangue injetado em sua corrente sanguínea. Se o primeiro usuário estiver infectado, o segundo também ficará.

Apenas uma quantidade mínima de sangue é necessária para que ocorra a transmissão. Compartilhar agulhas ou seringas para qualquer propósito (medicamentos, drogas como heroína ou cocaína) pode transmitir o HIV.

2.3. Transmissão mãe-filho

A transmissão pode ocorrer durante a gestação, na hora do parto ou pela amamentação. Durante a gravidez, as trocas de substâncias e sangue entre a mãe e o bebê acontecem através da placenta. Caso a mulher esteja infectada com o HIV, é possível que ela o passe para o bebê junto com essas substâncias.

No parto, há risco de a criança ter ferimentos (pelo uso de fórceps, para sua retirada, ou por ocasião do corte do períneo – episiotomia –, para facilitar sua passagem). O contato desses ferimentos com o sangue materno infectado possibilita a passagem do HIV para a criança.

O que acontece com um bebê nascido de uma mulher com infecção por HIV?
O bebê pode nascer infectado com o vírus. A mãe infectada também pode transmitir a infecção ao bebê durante a amamentação, após o nascimento. Até cerca de três anos atrás, 20% a 40% dos bebês nascidos de mães infectadas adquiriam o vírus HIV e alguns desenvolviam a aids no primeiro ano de vida. A partir da indicação de tratamento para a gestante soropositiva e para o bebê logo após o nascimento, os níveis de infecção se reduziram para até 8%.

É pouco útil testar bebês nascidos de mães infectadas com HIV logo após o nascimento. O resultado positivo significa que os anticorpos da mãe ainda estão circulando na corrente sangüínea do bebê. A partir dos 18 meses o teste pode ser considerado confiável.

O aleitamento materno pode transmitir o HIV?
Sim. A possibilidade de ocorrer transmissão do HIV da mãe para a criança pela amamentação é de aproximadamente 14% quando a mãe já estava infectada pelo HIV e de 29% caso ela se infecte durante o período de amamentação.
Portanto, não se recomenda que mães infectadas amamentem ou que as crianças recebam leite de outras mulheres, exceto se existir a certeza de que elas não estejam infectadas.

2.4. Transmissão por outros meios

O HIV pode penetrar pela pele?
Não. A pele serve normalmente como barreira para a penetração, porém essa barreira poderá ser quebrada quando acontecerem cortes, escoriações, úlceras, feridas, sangramento ou surgirem situações em que possa haver a absorção de fluidos contaminados pelo HIV.

O HIV pode ser transmitido ao se fazer tatuagens?
O sangue pode aderir a qualquer instrumento que corte ou perfure a pele e, se outra pessoa usá-lo sem que ele tenha sido esterilizado, correrá o risco de contaminação. Deve-se evitar fazer tatuagens, furar a orelha, barbear-se, compartilhar escova de dentes, fazer acupuntura ou participar de cerimônias de sangramento ou sangria, a menos que se tenha certeza absoluta de que os instrumentos utilizados foram esterilizados.

O HIV pode ser transmitido pela tosse ou espirro?
O HIV não é transmitido por tosse, espirro, copos, xícaras e alimentos, piscinas, toalhas, assentos sanitários, animais caseiros, mosquitos e outros insetos.

Tomar água no copo ou comer com os mesmos talheres de um porta, dor do HIV é perigoso?
Não. Podemos tomar água, cerveja ou qualquer bebida no mesmo copo de uma pessoa que tem aids porque a saliva não transmite o vírus. Sendo assim, também não há problema algum em comer com os mesmos talheres e pratos de uma pessoa com aids.

Há risco em dormir (sem transar) com uma pessoa que esteja
com o vírus?
Não. Dormir na mesma cama, compartilhar os mesmos lençóis de uma pessoa com aids não contamina porque o vírus não é passado por meio de objetos.

Quais são os riscos de viver perto de alguém que tem aids?
Viver perto de alguém que tem aids, ou de alguém infectado pelo HIV, não fará com que você tenha HIV Você pode viver absolutamente seguro, na mesma casa, com alguém que tem aids.

Há perigo de contágio através dos aparelhos e instrumentos usados pelos dentistas?
Os instrumentos utilizados nos consultórios de dentista são submetidos a esterilização em temperaturas superiores às necessárias para destruir o HIV.

Quanto às anestesias, elas são aplicadas com agulhas descartáveis e, com esse cuidado, não existe nenhum risco.

Mesmo assim, todos os pacientes têm o direito de questionar os dentistas quanto aos cuidados existentes no consultório, e alguns deles podem ser observados, por exemplo: se o profissional usa luvas, se descarta a agulha utilizada, se tem estufa para esterilização etc.

É perigoso usar a mesma escova de dentes de um portador?
Todos os objetos que ocasionem algum sangramento durante o uso podem transmitir o HIV se não tiverem sido esterilizados. Recomenda-se que não se compartilhe escova de dentes com ninguém, independentemente de ser ou não portador do HIV.

É possível pegar o HIV através de esportes de contato?
É possível que a transmissão ocorra se um atleta infectado tiver um ferimento e seu sangue entrar em contato com um corte na pele ou membrana da mucosa de outro atleta. Mesmo assim, o risco de contaminação é muito pequeno.

Não existe evidência de que algum participante de qualquer atividade esportiva tenha se infectado com HIV ou tenha transmitido o HIV a outros participantes.

Devido a essa baixa probabilidade, seria prudente adotar os procedimentos a seguir em práticas desportivas em que possa ocorrer sangramento.
• Limpar qualquer corte com anti-séptico e cobrí-lo bem.
• Se ocorrer sangramento, interromper a atividade até o estancamento e limpar e tratar o ferimento com anti-séptico, cobrindo-o de forma segura.
• Usar sempre luvas de látex ao tratar de pessoas feridas.

Mosquitos e insetos transmitem o HIV?
Há provas evidentes de que o HIV não é transmitido por mosquitos ou demais insetos, como pulgas, piolhos, percevejos e outros que possam estar presentes na residência de doentes com Aids; eles não transmitem o vírus a outras pessoas.

Se os mosquitos fossem responsáveis pela transmissão do HIV, indivíduos de todas as idades estariam infectados. De fato, crianças antes da puberdade raramente são infectadas, a menos que tenham nascido de mães infectadas ou recebido transfusão de sangue contaminado.

Sabe-se que o HIV vive em algumas células do organismo humano, mas que não vive nas células dos insetos. Portanto, mosquitos e outros insetos não podem ser hospedeiros do HIV.

O HIV não é como o parasita da malária, que vive muito bem no mosquito e é transmitido às pessoas que são picadas pelo inseto.

3. Testes para Aids

Qualquer exame de sangue mostra se uma pessoa está infectada com o HIV?
Não. Num exame de sangue normal, o hemograma, não é possível saber. Para ter certeza de que está infectada, a pessoa tem de fazer um exame de sangue específico para aids.

Quais são os exames para Aids mais comuns?
O teste mais comum para detectar anticorpos contra o HIV é chamado Elisa. Existem outros que são menos utilizados ou utilizados apenas para confirmar o resultado do Elisa, que são o Western-Blot e a imunofluorescência indireta para HIV.

Atualmente já existe um exame que serve para medir a quantidade de vírus que existe no sangue de uma pessoa. Ele se chama exame da carga viral.

O que são anticorpos?
O sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) produz substâncias que circulam no sangue e servem para combater e destruir diversos vírus e germes que invadem o organismo.

A presença de anticorpos específicos no sangue de uma pessoa indica que ela esteve exposta àquela infecção, ou seja, quando um exame de sangue revela que existem anticorpos para o HIV, significa que a pessoa está infectada pelo HIV.

O que é o "período da janela imunológica"?
É o tempo que o organismo leva para produzir, depois da infecção, certa quantidade de anticorpos que possa ser detectada pelos exames de sangue. Para o HIV, esse período é normalmente de duas a doze semanas; em algumas circunstâncias, pode ser mais prolongado.

Isso significa que, se um teste para anticorpos de HIV for feito durante o "período da janela imunológica", é provável que dê um resultado negativo, embora a pessoa já esteja infectada pelo HIV e possa transmiti-lo a outras pessoas.

No caso de o teste ser negativo, as pessoas devem retornar para realizar outro dentro de um período de três meses; caso a pessoa tenha sido infectada, os anticorpos se desenvolverão durante esse período (essas pessoas têm de evitar comportamentos de risco durante os três meses).

Quando uma pessoa deve fazer o teste para o HIV?
Sempre que a pessoa sentir que pode ter se exposto ao HIV. As implicações tanto do resultado positivo quanto do negativo devem ser encaradas e discutidas antecipadamente com um profissional de saúde ou orientador em HIV/Aids.

O que são CTA?
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços que contam com profissionais de saúde treinados para oferecer o teste anti-HIV de forma gratuita e confidencial, acompanhado de aconselhamento pré e pós-teste e apoio psicológico.

Os objetivos dos CTA são:
• Contribuir para a redução dos riscos de infecção pelo HIV e outras DST.
• Ampliar o acesso da população ao diagnóstico da infecção pelo HIV.
• Estimular a adoção de comportamentos e práticas seguras em relação à transmissão do HIV e outras DST.
• Facilitar a busca de serviços assistenciais aos portadores de HIV/Aids.
• Reduzir a procura por bancos de sangue por parte de pessoas que desejam realizar o teste anti-HIV.

Quais são as vantagens de fazer o teste para o HIV?
Se você não estiver infectado, ficará aliviado em saber o resultado e poderá proteger-se no futuro. Se você estiver infectado com o HIV, poderá:
• Receber tratamento precoce e viver mais tempo com melhor qualidade de vida.
• Usar novos medicamentos, à medida que forem sendo descobertos.
• Informar seu (s) parceiro (s) de que você tem o HIV, evitando que sejam infectados.
• Prevenir-se de nova infecção e de infectar outras pessoas usando preservativo em toda relação sexual.
• Evitar compartilhar objetos que têm contato com sangue, como agulhas e seringas.
• Decidir não doar sangue ou outros tecidos.
• Desenvolver um bom sistema de apoio emocional nos primeiros estágios da doença.

O que fazer e o que não fazer se o resultado for positivo?
• Uma pessoa com HIV tem oportunidade de conscientizar outras pessoas da doença e de lutar pelos direitos dos doentes de aids.
• Entretanto, as pessoas que têm aids devem pensar com cuidado sobre revelar seu estado, uma vez que a incompreensão e a discriminação existem e podem afetá-las, e àqueles que amam.
• Em muitas situações, as famílias são a maior fonte de cuidado e apoio, e o tipo de cuidado e apoio para pessoas infectadas com HIV pode mudar, dependendo do estágio da infecção. Esta situação requer aconselhamento para membros da família, bem como para a pessoa infectada.
• Toda informação médica, incluindo a condição de HIV/Aids, deve ser confidencial.
• A infecção provocara pelo HIV não deve ser a causa para que se deixe de trabalhar ou estudar.
• No trabalho ou na escola, como em qualquer lugar, a pessoa infectada pelo HIV tem a responsabilidade de comportar-se de maneira a não colocar os outros em situações de risco de infecção.
• Doar sangue é uma maneira irresponsável de verificar se alguém tem o HIV Se você quiser fazer o teste, consulte quem cuida de sua saúde, que o encaminhará a um orientador.

O que é aconselhamento?
Em um CTA ou em Serviço Especializado em aids, o aconselhamento é um processo no qual a pessoa ou cliente estabelece uma relação de confiança com o profissional de saúde; ao conversar sobre o teste anti-HIV, recebe apoio emocional, avalia sua necessidade de realizar o teste e também é orientado sobre outros serviços de saúde necessários.

Depois de realizado o teste anti-HIV.

Se o resultado for negativo, o orientador discutirá a importância da prevenção de HIV/Aids em detalhe com a pessoa, a fim de diminuir riscos futuros de infecção. A conversa será não apenas sobre os métodos disponíveis, mas também sobre a situação individual de cada pessoa, preocupações e atitudes que podem influenciar sua opinião sobre a possibilidade e aceitabilidade desses métodos e se pretende utilizá-los.

Se o resultado for positivo, o orientador falará com a pessoa a respeito de tudo o que foi dito anteriormente, a fim de que ela evite infeccionar o parceiro (ou filhos) e também reinfectar-se (o que pode acelerar a progressão da doença). Além disso, a principal tarefa do orientador será oferecer compaixão, apoio e informação prática, incluindo encaminhamento aos serviços médicos adequados, à pessoa que poderá habilitá-la a enfrentar a depressão e a ansiedade e a tomar decisões pessoais. Sessões de acompanhamento serão necessárias, para assegurar apoio significativo, consistente, e a longo prazo.

5. Vacinas para a Aids

Já existem vacinas para a Aids?
Não. Há instituições científicas que trabalham no desenvolvimento de vacinas que poderão proteger contra a infecção pelo HIV no futuro. No entanto há muitas dificuldades, e a principal está no fato de que há diversos tipos de HIV O trabalho prossegue nesse campo.

6. Tratamento para a Aids

Já existem medicamentos capazes de curar a aids?
Não. Há medicamentos apenas para tratar a aids. Alguns têm sido capazes de inibir a multiplicação do HIV em pessoas infectadas. Eles não eliminam o vírus do organismo, mas são úteis para prolongar a vida de pacientes infectados por HIV e melhorar sua qualidade de vida.
Existem diversos medicamentos eficazes contra muitas das infecções oportunistas relacionadas à Aids.

O que é o "coquetel" de tratamento da Aids?
Consiste na utilização de uma combinação de medicamentos que podem atuar em fases diferentes do ciclo do vírus, diminuindo a multiplicação do vírus e fazendo com que seus ataques ao sistema imunológico sejam atenuados, o que prolonga a vida do portador.

7. Prevenindo HIV/Aids

A camisinha é segura para evitar a transmissão do HIV e das outras DST?
O preservativo (camisinha), quando usado de forma correta, é o meio mais eficaz de impedir a transmissão sexual do HIV e de outros agentes que causam as DST O envelope só deve ser aberto na hora de usá-lo, ou seja, logo depois de obtida a ereção. A penetração deve ser feita apenas depois de colocado o preservativo. O reservatório da ponta deve ser apertado durante a colocação para que todo o ar saia de seu interior, já que ele servirá para armazenar o esperma quando houver ejaculação.

A camisinha feminina é segura?
A camisinha feminina, assim como a masculina, se utilizada corretamente, é 100% eficaz na prevenção da transmissão sexual do HIV e das outras DST, além de dar maior poder à mulher – que, em muitas situações, não tem como negociar com o parceiro a colocação da camisinha masculina – pois pode ser colocada antes do início das preliminares (carícias que antecedem à penetração).

Como é possível reduzir o risco de transmissão sexual do HIV?
Usando preservativo em todas as relações sexuais e tratando as outras DST.

Como evitar que os usuários de drogas injetáveis se contaminem com o HIV através de agulhas ou seringas?
Se uma pessoa não tiver condições de usar uma agulha ou uma seringa limpas, poderá ferver os instrumentos ou lavá-los da seguinte forma:
• Enxágüe a seringa com água fria e limpa pelo menos duas vezes e jogue fora a água usada.
• Enxágüe a seringa com água sanitária comum pelo menos duas vezes e jogue fora a água sanitária.
• Enxágüe novamente com água limpa e fria, pelo menos duas vezes, para tirar a água sanitária.
Algumas cidades realizam programas de troca de agulhas e seringas (agulhas ou seringas usadas são substituídas por novas) para usuários de drogas injetáveis. Aqueles que não conseguem interromper o uso de drogas injetáveis podem aderir a esses programas para, ao menos, evitar a transmissão do HIV e outras doenças, como hepatite, por exemplo.

8. Direitos do portador

O portador do HIV deve ser afastado do trabalho?
Nem o portador nem o doente de aids devem ser afastados do trabalho, a menos que sua condição física não permita que continuem trabalhando.

Uma pessoa com HIV não pode mais ter relações sexuais?
Tanto o portador quanto o doente de aids podem exercer plenamente sua sexualidade, desde que o parceiro (ou parceira) seja previamente comunicado e se utilize preservativo em todas as relações sexuais.

Se um aluno for HIV positivo é obrigatório comunicar a escola?
Não. É um direito do portador não querer falar para as pessoas do seu convívio social sobre sua condição.

O teste do HIV pode ser realizado sem a pessoa saber?
Não. O teste só deve ser realizado com o consentimento da pessoa e de forma voluntária, a menos que tenha como objetivo selecionar doadores de sangue e doadores de órgãos para transplante ou que seja feito com material anônimo (sem identificação).

O teste do HIV pode ser obrigatório para admissão em um novo emprego?
Não. O teste não pode nunca ser compulsório (obrigatório). As leis brasileiras proíbem essa obrigatoriedade.

Fonte: Programa Nacional de DST / AIDS do Ministério da Saúde

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mitos da Depressão


Psicólogo e Sexólogo Paulo Bonanca
www.paulobonanca.com

Mitos da Depressão

Agora que você já sabe um pouco mais sobre por que e como a depressão ocorre, é hora de derrubar alguns mitos sobre a depressão. Todos nós já ouvimos algumas dessas frases:


"Depressão é sinal de fraqueza, se ela realmente quisesse, ela poderia sair dessa depressão"', ou "Ela tem um caráter forte. Vai sair dessa".

Nem força de caráter nem situação social protegem alguém contra a depressão. Ela pode acontecer com qualquer um, a qualquer hora e em qualquer idade. Como a depressão é causada por um desequilíbrio no cérebro, é pouco provável que ela "saia sozinha" de uma depressão. Medicamentos e outras terapias são geralmente necessários.

"É melhor não perguntar sobre a depressão. Só piora as coisas. "

Quando estamos deprimidos, um ouvinte solidário pode ajudar muito. Mesmo que a intenção seja boa, se os amigos e parentes ignoram nossa depressão, podem nos fazer ficar mais retraídos e envergonhados de nossos sentimentos.

"Se ele sair mais, logo vai se sentir melhor", ou "Se me envolver no trabalho, a depressão vai embora."

A maior parte das pessoas com depressão não gosta mais das atividades que antes as faziam felizes. Sem tratamento, sair tem um efeito mínimo no estado mental de um deprimido. Da mesma forma, envolver-se no trabalho não ajuda a se livrar da depressão. A depressão sem tratamento pode durar nove meses ou mais.

"Não sei por que ela está deprimida. Ela tem um ótimo emprego e um marido maravilhoso. A vida dela é bem mais fácil que a minha. "

Como a depressão é uma doença, pode afetar a todos por melhor que seja a vida da pessoa.

"Sei que ele está muito deprimido e falou em morte, mas ele não vai se suicidar. Ele não é disso."


A depressão pode mudar as pessoas. Qualquer deprimido que pense em morte ou suicídio precisa de auxílio médico IMEDIATAMENTE.
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Fonte: http://www.bristol.com.br/depres1.htm

sábado, 4 de setembro de 2010

35% das mulheres brasileiras sofrem com disfunção sexual


Pesquisa mostra que 35% das mulheres no Brasil sofrem com disfunção sexual Médicos orientam o que deve ser feito para evitar traumas

Participação: Psicólogo e Sexólogo Paulo Bonanca



01/09/2010 10:45
Silvia Pacheco
Correio Braziliense

Nunca se falou tanto de sexo. Jamais ele foi considerado tão importante. O dinheiro que se gasta com isso não para de crescer. E nunca se faz tanto sexo como agora. Boa parte das mulheres, porém, parece não aproveitar a festa como poderia. Dados da mais ampla pesquisa feita sobre sexo já realizada no país — o estudo Mosaico Brasil —, em 2008, mostram que 35% das mulheres adultas sofrem de algum tipo de disfunção sexual. Os estudiosos no assunto revelam que, a cada 100 mulheres, 35 nunca atingiram o orgasmo e uma em 10 tem problemas de desejo sexual. Na vida de cada uma, isso torna-se um problema que atrapalha não só a relação conjugal, mas também a saúde mental e física.

Segundo especialistas, as causas das disfunções sexuais femininas podem ser tanto orgânicas — como doenças e uso de drogas — quanto psicológicas. É consenso nos consultórios, contudo, que grande parte dos problemas sexuais são provocados justamente por razões emocionais. “Isso envolve as várias nuances do relacionamento a dois e a construção da sexualidade individual”, diz o psicólogo e sexólogo Paulo Bonança. São traumas, culpas e até desentendimentos com o parceiro que acabam agravando o quadro de disfunção sexual.

Entre os fatores orgânicos, há elementos como a fisiologia da mulher — má formação congênita, questões hormonais e até doenças como o diabetes, a hipertensão e a depressão — e o uso de remédios. Já os fatores emocionais passam pelo âmbito cultural, influenciado pela sociedade — com seus valores e preconceitos —, pela herança herdada dos pais e até mesmo pela religião.

Gérson Lopes, ginecologista e presidente da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca que, primeiro, é necessário a mulher conhecer e entender o seu corpo e, principalmente, não ignorar os problemas que surgem. Ou seja, a mulher deve procurar um médico quando aparecer qualquer tipo de problema que a incomode em relação ao sexo. “Esses problemas são muito mais comuns do que se imagina. O melhor de tudo é que eles têm tratamento. Se forem orgânicos e fisiológicos, o ginecologista resolve. Se for na esfera emocional, o sexólogo trata rápido, dependendo dos fatores causadores. Se não for tratado, a mulher pode entrar em depressão”, esclarece Lopes.

Libido
As duas maiores queixas que o ginecologista recebe em seu consultório são a falta de desejo sexual e a falta de excitação, ou ausência de prazer. “Isso afeta, principalmente, mulheres a partir dos 40 anos, que começam a ter a libido reduzida(1) por conta do início do climatério”, esclarece. O médico explica que essa ausência se dá de duas formas: quando a mulher tem desejo, mas não sente prazer, o que, possivelmente, está associado a fatores emocionais; e quando ela consegue ter prazer, mas não há lubrificação vaginal adequada, o que faz com que a relação sexual se torne dolorida. Essa segunda situação, de acordo com Lopes, na maioria da vezes, está relacionada à deficiência na produção do hormônio estrogênio.

Mesmo sabendo das consequências decorrentes da menopausa, a comerciante Maria*, 50 anos, se assustou quando começou a sentir dor no ato sexual. “Ficava me perguntando o que havia de errado, pois eu sentia desejo, mas o sexo me machucava. Procurei o médico e ele me disse que minha lubrificação vaginal havia diminuído e que iria diminuir mais com a idade — na época, tinha 42 anos. Ele me passou alguns remédios, para acertar meus hormônios, e me receitou lubrificantes. A partir daí, retomei minha vida sexual e não tive mais dores”, relata a comerciante.

Contudo, uma disfunção chama a atenção dos especialistas: a falta de orgasmo. Esse problema, segundo Lopes, atinge mulheres jovens de 20 anos a 30 anos e, possivelmente, é causado pela “ditadura” do orgasmo e pela ansiedade do desempenho sexual. Paulo Bonança acrescenta que a pressão sobre a mulher para que ela se enquadre nos padrões de beleza e para que ela corresponda à imagem da “mulher dos sonhos” — a mais bonita, a melhor de cama, a que está sempre com vontade e tem prazer o tempo todo. “Se espera que as pessoas sigam os padrões de comportamento. Isso é negar o que ela sente de verdade. Esses aspectos são externos e não representam o que a pessoa sente e quer”, diz o sexólogo.

Longe das nuvens
A publicitária Mônica*, 36 anos, afirma nunca ter tido um orgasmo. “Adoro sexo, sinto prazer, mas nunca fui até ‘as nuvens’, como minhas amigas dizem sentir-se quando têm orgasmo”, brinca. A publicitária alega que o fato de ter sido gorda na adolescência reflete-se hoje. “Sempre acho que o meu parceiro não vai me achar gostosa e isso me atrapalha, porque fico prestando atenção se ele está observando alguma coisa no meu corpo”, conta. Mônica revela que a obrigação que ela sente de estar sempre bonita para o prazer do outro a incomoda. “Não é todo dia que estamos bem, mas me sinto na obrigação de estar.”

O que a publicitária vive é a realidade de muitas mulheres. Bonança ressalta, porém, que o sexo não é algo pensado, mas sim sentido. Segundo ele, quando uma pessoa faz sexo se observando, ela está fora do ato, não está em contato com o prazer. Por outro lado, fingir que não está acontecendo nada e não conversar sobre o problema só agrava o quadro. “É a fantasia de que, se não se tocar no assunto, não se vai passar pela angústia e ansiedade. Essa própria disfunção é um sintoma de que a pessoa encobre algo”, analisa o sexólogo. “O ideal é que a pessoa busque ajuda. Uma terapia específica com sessões no consultório e com possíveis tarefas de casa — atividades de autoconhecimento.” Bonança insiste, contudo, que a mulher deve conversar com o parceiro. “O companheiro pode até pensar que não há nenhum problema, mas sente que algo está errado. O corpo fala.”

Nomes fictícios a pedido das entrevistadas

1 - Estrogênio em queda
A menopausa é um dos fatores que podem desencadear uma redução da libido. Quando começa, na meia-idade, o corpo diminui a produção do estrogênio — que inicia na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher. A diminuição desse hormônio é a causa da falta de lubrificação vaginal, que acaba por afetar as relações sexuais, ao tranformá-las em algo desagradável e doloroso. O tratamento é feito com a reposição hormonal indicada por um ginecologista.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/01/cienciaesaude,i=210882/PESQUISA+MOSTRA+QUE+35+DAS+MULHERES+NO+BRASIL+SOFREM+COM+DISFUNCAO+SEXUAL.shtml

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasil regulamenta cirurgia que permite mudança de sexo às mulheres


Psicólogo e sexólogo Paulo Bonanca
http://www.paulobonanca.com/

Rio de Janeiro, 2 set (EFE).- A cirurgia que permite às mulheres transexuais remover seus órgãos sexuais femininos deixou de ser experimental no Brasil a partir de hoje com a publicação no Diário Oficial da União de uma resolução do Conselho Federal de Medicina que regulamenta a intervenção.

A resolução estabelece normas para o procedimento cirúrgico de "adequação do fenótipo feminino ao masculino" consistente na remoção do útero, do ovário e das mamas, mas ainda não o da construção de pênis, que seguirá sendo experimental.
"Consideramos que esse procedimento (de construção de pênis) procura resultados estéticos e funcionais ainda questionáveis e por isso será mantido como experimental", segundo o relator da resolução do conselho, Edvard Araújo, citado em comunicado divulgado pelo organismo.
De acordo com a entidade, a partir de hoje qualquer hospital público ou privado poderá fazer a cirurgia desde que a interessada demonstre que atende aos critérios estabelecidos, entre os quais sentir-se incômoda com seu corpo feminino.

A cirurgia de mudança de sexo para mulheres era realizada apenas por clínicas particulares e em caráter experimental.
Para os homens, esse tipo de procedimento já é regulamentado há vários anos e desde 2008 é oferecida gratuitamente nos hospitais públicos.
Segundo as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina para o caso das mulheres, a interessada no procedimento precisa ter 21 anos de idade e um diagnóstico médico que indique que é portadora de transgenitalismo (rejeita seus órgãos sexuais femininos) e que está em condições físicas de realizar a operação.

Assim como no caso dos homens, as mulheres poderão submeter-se ao procedimento depois de passarem por um processo de acompanhamento médico de dois anos com uma equipe médica multidisciplinar, formada por um cirurgião, um endocrinologista, um psicólogo e um assistente social.

O Conselho Federal de Medicina entende que a mulher transexual tem um desvio psicológico que a impede de aceitar seu corpo e essa rejeição pode levá-la a praticar mutilações e até o suicídio.

A resolução permite superar um impedimento jurídico que considera as cirurgias de remoção de órgãos genitais pode configurar crime de mutilação.
O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, lembrou a decisão e disse que evitará novos casos de mulheres que se mutilavam por rejeitar seu corpo.

"A medicina pode ajudar a construir a cidadania independentemente de sua identidade de gênero", segundo Reis.

O Ministério da Saúde aprovou em agosto de 2008 um decreto que permite a realização gratuita de cirurgias de mudança de sexo para homens transexuais em hospitais públicos. EFE
fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/02092010/40/mundo-brasil-regulamenta-cirurgia-permite-mudanca.html

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Seu ciúme é obsessivo?


Participação psicólogo e sexólogo Paulo Bonança
www.paulobonanca.com

A secretária Ana Paula A., 37 anos, estava casada com o empresário Carlos A. há três anos quando, motivada por excesso de ciúme, teve o seu pior surto. Depois de muitas brigas e discussões sem fundamentos, ela perdeu o controle de vez quando o marido chegou muito tarde do trabalho. “O celular dele estava desligado e logo comecei a imaginar besteiras. Rasguei todas as roupas dele, destruí livros, quebrei as bebidas que ele guardava no bar. Parecia que estava tomada por algo maior que eu. Não me reconheci”, conta ela. O casamento? Terminou, claro.

Essa paranoia geralmente aparece quando a pessoa sente que um rival (real ou imaginário) passa a receber as atenções da pessoa amada. E aí, qualquer motivo simples pode ser o estopim para um descontrole. “O ciúme está relacionado com fantasias negativas, o que pode gerar certo nível de paranoia”, explica o psicólogo e especialista em sexualidade humana Paulo Bonança.

Até o limiteA vendedora Regina*, 32 anos, precisou chegar ao limite extremo para procurar ajuda. Sentada com o namorado em um bar na Zona Leste de São Paulo, ela se descontrolou quando, após voltar do banheiro, encontrou o namorado conversando com uma vizinha do bairro. “Não lembro direito o que aconteceu. Minha vista escureceu e só percebi o que fiz depois que o nervosismo passou. Agredi violentamente a mulher, feito um bicho. Eu já era extremamente ciumenta. Com a bebida, tudo ficou pior”. A vendedora deu duas facadas que, por sorte, não atingiram a vítima fatalmente. A pena foi de cinco anos de prisão e toda uma vida de culpa.

“O ciúme pode mostrar sua face horrenda, pode irromper a fúria e os conflitos se tornam
praticamente inevitáveis”, explicam os psicólogos Masters e Jonhson, autores do livro Relacionamento Amoroso (Ed. Nova Fronteira). E saber o que leva a essa demonstração horrível e doentia é o primeiro passo para procurar ajuda.

Por ser infiel e extremamente insegura, a dentista Rosa Maria, 28 anos, projetou a sua vida na relação que mantinha com o médico Luís Souza, 33 anos. Diante dos seus pulinhos extraconjugais e suas encanações pessoais, Rosa passou a ter ciúme de todas as ações do namorado. Reclamava de falta de atenção, não permitia saídas com os amigos e controlava emails e a agenda do celular.
“O estopim foi quando, completamente descontrolada, proibi que ele saísse de casa para trabalhar. Retalhei os pneus do carro num acesso de fúria e ainda contratei um detetive para me manter informada de cada passo. A nossa relação terminou após esses episódios, durante uma discussão marcada por muita violência física”, relembra ela.

É doença?O histórico de cada um e os anseios pessoais são excelentes mapas para diagnosticar a origem do ciúme patológico. “Pode ser que ele surja devido à insegurança, baixa autoestima, imaturidade emocional ou outros aspectos emocionais relacionados à história afetiva de um ou ambos os sujeitos da relação” , explica Paulo Bonança. “Depois, pode surgir pelo medo do abandono, da solidão, da sensação de perda emocional, de controle, da forma como o casal construiu seu espaço de intimidade e diálogo e, sobretudo, a forma como o casal enfrenta suas dificuldades”, completa.

Quem é o alvo desses destemperos emocionais também sofre com os ataques. Mas nem sempre consegue segurar a barra em tempo de salvar a relação e a vida de cada um. Depois de ver a mãe ser agredida pela ex-mulher, o feirante João Ramalho, 34 anos, não teve mais forças para ajudar a esposa.
“Presenciei cenas horríveis da minha mulher. Em casa, no meu trabalho, na frente dos amigos. Percebi que ela precisava de ajuda e tentei até o meu limite. Até o dia em que ela agrediu minha mãe fisicamente por achar que ela encobria alguma coisa minha. Foi muito triste pra mim, porque eu amava muito aquela mulher”, desabafa o feirante.

O antídotoO processo de melhora não é fácil e geralmente precisa de acompanhamento profissional. A auto-avaliação emocional é super importante, mas nem sempre há coragem de fazê-la. “Pode se instalar o desejo de mudar para não perder a pessoa amada e, por outro lado, pode se instalar o medo de analisar, de se olhar, de deixar a superficialidade da “flor da pele” e buscar afetos, sentimentos e emoções mais profundos, de trabalhar as causas e não somente os efeitos”, explica o psicólogo.

Mulheres que amam demaisPara dar uma força e ajudar a se descobrir é que grupos como o MADA (www.grupomada.com.br) (Mulheres que Amam Demais) recebem com frequência casos de mulheres que se descontrolam por ciúmes. Lá, provavelmente alguém falará de alguma situação que se assemelhe à sua.
Mesmo que não encontre ninguém nas mesmas condições, você poderá se identificar com a forma com que muitas das mulheres sentem os efeitos que a dependência de pessoas produz em suas vidas.

Se você acha que tem um problema, invista em si mesma e tenha coragem para resolvê-lo, com ou sem ajuda. “Acredito sempre na capacidade que as pessoas têm de crescer, de aprender de seus atos, palavras e sentimentos, mesmo que seja um processo difícil” conta Paulo.
fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/seu+ciume+e+obsessivo+descubra+e+saiba+como+sair+dessa/n1237504664122.html

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Menopausa



Psicólogo e sexólogo Paulo Bonanca
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Menopausa
Quando o assunto é menopausa, vale a pena fazer uma reflexão: será que as mães e avós das mulheres de hoje, que nem faziam reposição hormonal, eram mais felizes ou já estavam habituadas ao sofrimento e não reclamavam? Será que a vida moderna complicou a questão da menopausa?

O que não se pode negar é que a menopausa, para muitas mulheres é apesar da orientação médica, tem se constituído num período cheio de incertezas e desconforto que vão desde a transpiração excessiva, irritabilidade fácil, cansaço inexplicável, baixa de desejo sexual, e até as mudanças repentinas de humor e uma sensação de vazio, tristeza e depressão.

Nessa fase, muitas vezes a mulher tem um companheiro pouco atraente, que não corresponde as suas expectativas, seja pela perso­nalidade, seja por temperamento. O marido apesar de ter sido trabalhador e bom caráter, a vida toda apresentou enormes dificuldades para se manifestar afetivamente. Pouco carinhoso, mau ouvinte e um tanto frio, nem sempre se revelou um bom amante,­ pois assim como muitos outros homens da sua geração são ansio­sos, apressa­dos, de poucas carícias, mais chegado a um sexo rápido seguido ime­diatamente pelo sono profundo e barulhento.

Casados há muitos anos, se acomodaram na relação morna, sem atrativos e repetitiva, mas agora, com a chegada da menopausa, essa mulher começa a fazer reavaliações inevitáveis.
Quem está experimentando essa etapa da vida não pode ter medo dessas reavaliações. Elas são necessárias e devem ser encaradas, mas é preciso saber pesar com equilíbrio, rever o lado bom e nunca pensar que as coisas estão perdidas.

A mulher não precisa buscar apenas a reposição hormonal como solução para as dificuldades vivenciadas na menopausa. Ela pode procurar uma boa e saudável reposição afetiva, buscando­ um entendimento melhor com seu companheiro e reavivando a própria sexua­lidade. Como sexo é feitos a dois, eles podem tranquilamente buscar o prazer. Atualmente a terapia psicológica e ou medicamentosa pode restaurar o desejo da mulher e recuperar a potência do homem, contribuindo para uma intimidade sem pressa e com muito mais prazer.
O mais importante é ter em mente que a faixa dos 50/60 anos tambêm pode ser um período extremamente útil e prazeroso,­ porque já não existem aquelas naturais preocupações com a possibi­li­dade de uma gravidez ou mesmo problemas com a educação dos filhos.

Essas e outras conquistas fazem da menopausa uma fase em que se pode tirar um maior proveito da vida.


Fonte:
Dr. Moacir Costa.
http://www.projetoamarbem.com.br/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Impotência Sexual



Psicólogo e sexólogo Paulo Bonanca
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Um fantasma que não assusta mais.

A impotência quase sempre tem cura e para curá-la o homem tem à sua disposição vários recursos que vão desde a psicoterapia até injeções e próteses sofisticadas. A impotência dá medo, mas a recíproca também é verdadeira: medo causa impotência.

Este medo tem enorme base cultural, a impotência sempre foi um assunto cercado de tabus. Mas, o que realmente significa a impotência? é uma disfunção erétil que incapacita o homem a obter ou manter ereções suficientemente rígidas para a penetração vaginal impedindo a satisfação sexual. Alguns urologistasacreditam que, de um modo geral, as causas da impotência são 70% dos casos por problemas psicológicos (atinge 95% dos casos com 20 anos;70% aos 48 anos; 30% entre os 60 e 70 anos) e 30% por problemas orgânicos.

Seja qual for a natureza, orgânica ou psicológica, a impotência tem cura e o primeiro passo para a cura é, obviamente,o diagnóstico correto. Um dos exames realizados para estes diagnósticos é eletroneuromiografia, ou teste de intumescência peniana noturna, realizada com auxílio de um equipamento denominado Rigiscan, em laboratório de sono. Como todo homem tende a ter ereção dormindo, o aparelho mede a sua qualidade e a quantidade durante a fase do sono chamada REM (sigla inglesa para RAPID EYES MOVIMENT, ou movimento ocularrápido). O equipamento possui dois anéis conectados a eletrodos, colocados em volta do pênis, que analisam a qualidade das ereções noturnas e traçam um gráfico completo. Se as ereções espontâneas forem satisfatórias, isto significa que o sangue chega ao pênis e é corretamente represado. O distúrbio, portanto, tem fundo psicológico.

Outro recurso usado para o diagnóstico é o Duplex scan ou ecodoplerpeniano, usado para medir o fluxo arterial e identificar eventuais obstruções no membro masculino.
Não se sabe exatamente por que ocorrem as ereções noturnas e matinais. Determinados especialistas sugerem que a noturna acontece provocada por sonhos eróticos, enquanto as matutinas pelo acumulo de urina na bexiga. Alguns métodos populares é o de tomar sucessivos copos d'água antes de deitar, para acordarem "em ponto de bala" na manhã seguinte. Este método não é certo mas, muitas vezes dá certo, pois a bexiga cheia pode provocar um estímulo nervoso reflexo que favorece a ereção. Outro método menos popular são as injeções intracavernosas (isto é, dentro do corpo cavernoso do pênis) de substâncias como a prostaglandina E1 efentolamina, que aumentam o fluxo sangüíneo das artérias, diminuem o calibre das veias e relaxam a musculatura local, produzindo a ereção. O exame é feito no consultório e o remédio faz efeito em 10 a 20 minutos, quem tem problemas psicológicos responde positivamente a este exame.

Quando a suspeita é a qualidade da musculatura, recorre-se à biópsia do tecido peniano.
Outros fatores orgânicos que podem provocar a impotência.
Entre eles estão:
as doenças vasculares, que causam entupimento das artérias e veias, prejudicando a chegada do sangue ao pênis;
as patologias que comprometem o sistema nervos, como a Diabetes melitus;
a falta do hormônio masculino testosterona, que começa a declinar a partir dos 45 anos de idade, mas é essencial para o funcionamento do mecanismo de ereção;
disturbios como o priapismo, que provoca a coagulação do sangue dentro do corpo cavernoso, levando à impotência irreversível.

A impotência orgânica pode ainda ser decorrente de rompimento da estrutura, uma espécie de fratura do pênis, devido a acidentes;
insuficiência veno-oclusiva, existente quando o corpo cavernoso se enche de sangue mas não distende o bastante para comprimir as veias contra a parede do pênis. Com isso, o sangue não é represado o suficiente para garantira ereção;
assimetrias do corpo cavernoso, decorrentes de má formação congênita;
o fumo, o álcool e alguns medicamentos também são apontados como prováveis causadores da função erétil.

E as causa psicológicas?
Depois de excluídas as causa orgânicas, o que leva o homem a não conseguir a ereção, principalmente os jovens, é a ansiedade, misturada à insegurança e ao medo de não "cumprir direito o seu papel". O homem é educado para ser "macho" e sua auto-estima está diretamente ligada a sua capacidade sexual. Por isso, quando o homem falha na cama, ele se sente um fracassado. Neste caso o próprio medo do fracasso faz descarregar na corrente sangüínea grande volume de adrenalina, hormônio secretado pela glândula supra-renal que ativa certos neurotransmissores, mas inibe outros, entre os quais aqueles responsáveis pelo mecanismo da ereção.

A falha também pode estar relacionada a dificuldades em criar vínculos afetivos ou ainda a conflitos relacionados à figura paterna. A liberação da mulher moderna também contribui para o aumentar a insegurança do homem.
A impotência causada por problemas psicológicas, especialmente na faixa etária entre os 35 e 40 anos, também podem ser resultados em crises existenciais. Essa é uma fase de reavaliação da vida, da profissão e do casamento. Se ele tem problemas, corre o risco de se tornar depressivo e a depressão leva o homem a comer demais, beber demais e autilizar de drogas ou tranqüilizantes.

Outro fator importante e que pode interferir na ereção, é o medo de contrair AIDS ou mesmo a culpa, nos casos dos homosexuais em relação conflituosa com a sua opção.

Alguns métodos que podem ajudar.

PSICOTERAPIA - Terapias breves, individuais ou de casal, centradas na vida afetiva e sexual, com duração de três meses a um ano.
HORMÔNIOS DEPOIS DOS 45 ANOS - Somente pode ser usado para homens com deficiência comprovada na produção de testosterona, hormônio essencial no mecanismo da ereção e cuja concentração no sangue tende a declinar por volta dos 45 anos. Deve-se tomar cuidado, pois este hormônio mal empregado pode aumentar a probabilidade de incidência de câncer de próstata.
AUTO-INJEÇÃO - a auto-injeção é uma técnica que beneficia impotentes que possuem corpos cavernosos saudáveis. Paralíticos e diabéticos costumam obter bons resultados. Existem no mercado 26 drogas indutoras de ereção, usadas em forma de injeção. Mas uma overdose de qualquer uma dessas substâncias pode provocar priapismo, ou seja, ereção prolongada e dolorosa do pênis, com risco de necrose.
DILATADORES VIA URETRA - Lançado recentemente na Califórnia, esse recurso dispensa injeções e cirurgias. Através de um pequeno êmbolo, de aproximadamente 3 milímetros de diâmetro, inserido na uretra, são introduzidos relaxantes musculares e dilatadores de vasos sangüíneos que induzemà ereção. Uma vez que o medicamento é absorvido pela mucosa, o êmbolo é retirado.
PRÓTESE - As próteses consistem em duas hastes implantadas dentro do corpo cavernoso. Podeser rígida, semiflexível ou flexível, esta última a mais usada hoje. As próteses são implantadas com anestesia local, em um pequeno corte na base do pênis. O paciente volta para casa no mesmo dia, e em um mês, retorna suas atividades sexuais.
GÉIS E CREMES - Existe controvérsia em torno da utilização de géis e cremes à base de prostaglandina. Uns dizem que é psicológico, outros que os cremes são eficazes, sem risco de priapismo.
ENRIJECIMENTO POR SUCÇÃO - Este aparelho de origem americana,produz enrijecimento peniano por meio da sucção a vácuo. Coloca-se opênis dentro de um cilindro e retira-se todo o ar do recipiente.Ao se criar o vácuo, o sangue enche os corpos cavernosos. Para manter este estado, comprime-se a base do pênis com anéis de borracha, que não devem ser usados por mais de 30 minutos. Embora aceito por alguns homens, o sistema apresenta vários inconvenientes: comprime a uretra, pode causar dor na ejaculação ou até impedir a saída do esperma. Além disso, a sucção eventualmente provoca hematomas.

Fonte
Lúcia Helena Salvetti De CiccoDiretora de Conteúdo e Editora Chefe
http://www.saudevidaonline.com.br/impot.htm