segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mitos da Depressão


Psicólogo e Sexólogo Paulo Bonanca
www.paulobonanca.com

Mitos da Depressão

Agora que você já sabe um pouco mais sobre por que e como a depressão ocorre, é hora de derrubar alguns mitos sobre a depressão. Todos nós já ouvimos algumas dessas frases:


"Depressão é sinal de fraqueza, se ela realmente quisesse, ela poderia sair dessa depressão"', ou "Ela tem um caráter forte. Vai sair dessa".

Nem força de caráter nem situação social protegem alguém contra a depressão. Ela pode acontecer com qualquer um, a qualquer hora e em qualquer idade. Como a depressão é causada por um desequilíbrio no cérebro, é pouco provável que ela "saia sozinha" de uma depressão. Medicamentos e outras terapias são geralmente necessários.

"É melhor não perguntar sobre a depressão. Só piora as coisas. "

Quando estamos deprimidos, um ouvinte solidário pode ajudar muito. Mesmo que a intenção seja boa, se os amigos e parentes ignoram nossa depressão, podem nos fazer ficar mais retraídos e envergonhados de nossos sentimentos.

"Se ele sair mais, logo vai se sentir melhor", ou "Se me envolver no trabalho, a depressão vai embora."

A maior parte das pessoas com depressão não gosta mais das atividades que antes as faziam felizes. Sem tratamento, sair tem um efeito mínimo no estado mental de um deprimido. Da mesma forma, envolver-se no trabalho não ajuda a se livrar da depressão. A depressão sem tratamento pode durar nove meses ou mais.

"Não sei por que ela está deprimida. Ela tem um ótimo emprego e um marido maravilhoso. A vida dela é bem mais fácil que a minha. "

Como a depressão é uma doença, pode afetar a todos por melhor que seja a vida da pessoa.

"Sei que ele está muito deprimido e falou em morte, mas ele não vai se suicidar. Ele não é disso."


A depressão pode mudar as pessoas. Qualquer deprimido que pense em morte ou suicídio precisa de auxílio médico IMEDIATAMENTE.
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Fonte: http://www.bristol.com.br/depres1.htm

sábado, 4 de setembro de 2010

35% das mulheres brasileiras sofrem com disfunção sexual


Pesquisa mostra que 35% das mulheres no Brasil sofrem com disfunção sexual Médicos orientam o que deve ser feito para evitar traumas

Participação: Psicólogo e Sexólogo Paulo Bonanca



01/09/2010 10:45
Silvia Pacheco
Correio Braziliense

Nunca se falou tanto de sexo. Jamais ele foi considerado tão importante. O dinheiro que se gasta com isso não para de crescer. E nunca se faz tanto sexo como agora. Boa parte das mulheres, porém, parece não aproveitar a festa como poderia. Dados da mais ampla pesquisa feita sobre sexo já realizada no país — o estudo Mosaico Brasil —, em 2008, mostram que 35% das mulheres adultas sofrem de algum tipo de disfunção sexual. Os estudiosos no assunto revelam que, a cada 100 mulheres, 35 nunca atingiram o orgasmo e uma em 10 tem problemas de desejo sexual. Na vida de cada uma, isso torna-se um problema que atrapalha não só a relação conjugal, mas também a saúde mental e física.

Segundo especialistas, as causas das disfunções sexuais femininas podem ser tanto orgânicas — como doenças e uso de drogas — quanto psicológicas. É consenso nos consultórios, contudo, que grande parte dos problemas sexuais são provocados justamente por razões emocionais. “Isso envolve as várias nuances do relacionamento a dois e a construção da sexualidade individual”, diz o psicólogo e sexólogo Paulo Bonança. São traumas, culpas e até desentendimentos com o parceiro que acabam agravando o quadro de disfunção sexual.

Entre os fatores orgânicos, há elementos como a fisiologia da mulher — má formação congênita, questões hormonais e até doenças como o diabetes, a hipertensão e a depressão — e o uso de remédios. Já os fatores emocionais passam pelo âmbito cultural, influenciado pela sociedade — com seus valores e preconceitos —, pela herança herdada dos pais e até mesmo pela religião.

Gérson Lopes, ginecologista e presidente da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca que, primeiro, é necessário a mulher conhecer e entender o seu corpo e, principalmente, não ignorar os problemas que surgem. Ou seja, a mulher deve procurar um médico quando aparecer qualquer tipo de problema que a incomode em relação ao sexo. “Esses problemas são muito mais comuns do que se imagina. O melhor de tudo é que eles têm tratamento. Se forem orgânicos e fisiológicos, o ginecologista resolve. Se for na esfera emocional, o sexólogo trata rápido, dependendo dos fatores causadores. Se não for tratado, a mulher pode entrar em depressão”, esclarece Lopes.

Libido
As duas maiores queixas que o ginecologista recebe em seu consultório são a falta de desejo sexual e a falta de excitação, ou ausência de prazer. “Isso afeta, principalmente, mulheres a partir dos 40 anos, que começam a ter a libido reduzida(1) por conta do início do climatério”, esclarece. O médico explica que essa ausência se dá de duas formas: quando a mulher tem desejo, mas não sente prazer, o que, possivelmente, está associado a fatores emocionais; e quando ela consegue ter prazer, mas não há lubrificação vaginal adequada, o que faz com que a relação sexual se torne dolorida. Essa segunda situação, de acordo com Lopes, na maioria da vezes, está relacionada à deficiência na produção do hormônio estrogênio.

Mesmo sabendo das consequências decorrentes da menopausa, a comerciante Maria*, 50 anos, se assustou quando começou a sentir dor no ato sexual. “Ficava me perguntando o que havia de errado, pois eu sentia desejo, mas o sexo me machucava. Procurei o médico e ele me disse que minha lubrificação vaginal havia diminuído e que iria diminuir mais com a idade — na época, tinha 42 anos. Ele me passou alguns remédios, para acertar meus hormônios, e me receitou lubrificantes. A partir daí, retomei minha vida sexual e não tive mais dores”, relata a comerciante.

Contudo, uma disfunção chama a atenção dos especialistas: a falta de orgasmo. Esse problema, segundo Lopes, atinge mulheres jovens de 20 anos a 30 anos e, possivelmente, é causado pela “ditadura” do orgasmo e pela ansiedade do desempenho sexual. Paulo Bonança acrescenta que a pressão sobre a mulher para que ela se enquadre nos padrões de beleza e para que ela corresponda à imagem da “mulher dos sonhos” — a mais bonita, a melhor de cama, a que está sempre com vontade e tem prazer o tempo todo. “Se espera que as pessoas sigam os padrões de comportamento. Isso é negar o que ela sente de verdade. Esses aspectos são externos e não representam o que a pessoa sente e quer”, diz o sexólogo.

Longe das nuvens
A publicitária Mônica*, 36 anos, afirma nunca ter tido um orgasmo. “Adoro sexo, sinto prazer, mas nunca fui até ‘as nuvens’, como minhas amigas dizem sentir-se quando têm orgasmo”, brinca. A publicitária alega que o fato de ter sido gorda na adolescência reflete-se hoje. “Sempre acho que o meu parceiro não vai me achar gostosa e isso me atrapalha, porque fico prestando atenção se ele está observando alguma coisa no meu corpo”, conta. Mônica revela que a obrigação que ela sente de estar sempre bonita para o prazer do outro a incomoda. “Não é todo dia que estamos bem, mas me sinto na obrigação de estar.”

O que a publicitária vive é a realidade de muitas mulheres. Bonança ressalta, porém, que o sexo não é algo pensado, mas sim sentido. Segundo ele, quando uma pessoa faz sexo se observando, ela está fora do ato, não está em contato com o prazer. Por outro lado, fingir que não está acontecendo nada e não conversar sobre o problema só agrava o quadro. “É a fantasia de que, se não se tocar no assunto, não se vai passar pela angústia e ansiedade. Essa própria disfunção é um sintoma de que a pessoa encobre algo”, analisa o sexólogo. “O ideal é que a pessoa busque ajuda. Uma terapia específica com sessões no consultório e com possíveis tarefas de casa — atividades de autoconhecimento.” Bonança insiste, contudo, que a mulher deve conversar com o parceiro. “O companheiro pode até pensar que não há nenhum problema, mas sente que algo está errado. O corpo fala.”

Nomes fictícios a pedido das entrevistadas

1 - Estrogênio em queda
A menopausa é um dos fatores que podem desencadear uma redução da libido. Quando começa, na meia-idade, o corpo diminui a produção do estrogênio — que inicia na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher. A diminuição desse hormônio é a causa da falta de lubrificação vaginal, que acaba por afetar as relações sexuais, ao tranformá-las em algo desagradável e doloroso. O tratamento é feito com a reposição hormonal indicada por um ginecologista.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/01/cienciaesaude,i=210882/PESQUISA+MOSTRA+QUE+35+DAS+MULHERES+NO+BRASIL+SOFREM+COM+DISFUNCAO+SEXUAL.shtml

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasil regulamenta cirurgia que permite mudança de sexo às mulheres


Psicólogo e sexólogo Paulo Bonanca
http://www.paulobonanca.com/

Rio de Janeiro, 2 set (EFE).- A cirurgia que permite às mulheres transexuais remover seus órgãos sexuais femininos deixou de ser experimental no Brasil a partir de hoje com a publicação no Diário Oficial da União de uma resolução do Conselho Federal de Medicina que regulamenta a intervenção.

A resolução estabelece normas para o procedimento cirúrgico de "adequação do fenótipo feminino ao masculino" consistente na remoção do útero, do ovário e das mamas, mas ainda não o da construção de pênis, que seguirá sendo experimental.
"Consideramos que esse procedimento (de construção de pênis) procura resultados estéticos e funcionais ainda questionáveis e por isso será mantido como experimental", segundo o relator da resolução do conselho, Edvard Araújo, citado em comunicado divulgado pelo organismo.
De acordo com a entidade, a partir de hoje qualquer hospital público ou privado poderá fazer a cirurgia desde que a interessada demonstre que atende aos critérios estabelecidos, entre os quais sentir-se incômoda com seu corpo feminino.

A cirurgia de mudança de sexo para mulheres era realizada apenas por clínicas particulares e em caráter experimental.
Para os homens, esse tipo de procedimento já é regulamentado há vários anos e desde 2008 é oferecida gratuitamente nos hospitais públicos.
Segundo as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina para o caso das mulheres, a interessada no procedimento precisa ter 21 anos de idade e um diagnóstico médico que indique que é portadora de transgenitalismo (rejeita seus órgãos sexuais femininos) e que está em condições físicas de realizar a operação.

Assim como no caso dos homens, as mulheres poderão submeter-se ao procedimento depois de passarem por um processo de acompanhamento médico de dois anos com uma equipe médica multidisciplinar, formada por um cirurgião, um endocrinologista, um psicólogo e um assistente social.

O Conselho Federal de Medicina entende que a mulher transexual tem um desvio psicológico que a impede de aceitar seu corpo e essa rejeição pode levá-la a praticar mutilações e até o suicídio.

A resolução permite superar um impedimento jurídico que considera as cirurgias de remoção de órgãos genitais pode configurar crime de mutilação.
O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, lembrou a decisão e disse que evitará novos casos de mulheres que se mutilavam por rejeitar seu corpo.

"A medicina pode ajudar a construir a cidadania independentemente de sua identidade de gênero", segundo Reis.

O Ministério da Saúde aprovou em agosto de 2008 um decreto que permite a realização gratuita de cirurgias de mudança de sexo para homens transexuais em hospitais públicos. EFE
fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/02092010/40/mundo-brasil-regulamenta-cirurgia-permite-mudanca.html

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Seu ciúme é obsessivo?


Participação psicólogo e sexólogo Paulo Bonança
www.paulobonanca.com

A secretária Ana Paula A., 37 anos, estava casada com o empresário Carlos A. há três anos quando, motivada por excesso de ciúme, teve o seu pior surto. Depois de muitas brigas e discussões sem fundamentos, ela perdeu o controle de vez quando o marido chegou muito tarde do trabalho. “O celular dele estava desligado e logo comecei a imaginar besteiras. Rasguei todas as roupas dele, destruí livros, quebrei as bebidas que ele guardava no bar. Parecia que estava tomada por algo maior que eu. Não me reconheci”, conta ela. O casamento? Terminou, claro.

Essa paranoia geralmente aparece quando a pessoa sente que um rival (real ou imaginário) passa a receber as atenções da pessoa amada. E aí, qualquer motivo simples pode ser o estopim para um descontrole. “O ciúme está relacionado com fantasias negativas, o que pode gerar certo nível de paranoia”, explica o psicólogo e especialista em sexualidade humana Paulo Bonança.

Até o limiteA vendedora Regina*, 32 anos, precisou chegar ao limite extremo para procurar ajuda. Sentada com o namorado em um bar na Zona Leste de São Paulo, ela se descontrolou quando, após voltar do banheiro, encontrou o namorado conversando com uma vizinha do bairro. “Não lembro direito o que aconteceu. Minha vista escureceu e só percebi o que fiz depois que o nervosismo passou. Agredi violentamente a mulher, feito um bicho. Eu já era extremamente ciumenta. Com a bebida, tudo ficou pior”. A vendedora deu duas facadas que, por sorte, não atingiram a vítima fatalmente. A pena foi de cinco anos de prisão e toda uma vida de culpa.

“O ciúme pode mostrar sua face horrenda, pode irromper a fúria e os conflitos se tornam
praticamente inevitáveis”, explicam os psicólogos Masters e Jonhson, autores do livro Relacionamento Amoroso (Ed. Nova Fronteira). E saber o que leva a essa demonstração horrível e doentia é o primeiro passo para procurar ajuda.

Por ser infiel e extremamente insegura, a dentista Rosa Maria, 28 anos, projetou a sua vida na relação que mantinha com o médico Luís Souza, 33 anos. Diante dos seus pulinhos extraconjugais e suas encanações pessoais, Rosa passou a ter ciúme de todas as ações do namorado. Reclamava de falta de atenção, não permitia saídas com os amigos e controlava emails e a agenda do celular.
“O estopim foi quando, completamente descontrolada, proibi que ele saísse de casa para trabalhar. Retalhei os pneus do carro num acesso de fúria e ainda contratei um detetive para me manter informada de cada passo. A nossa relação terminou após esses episódios, durante uma discussão marcada por muita violência física”, relembra ela.

É doença?O histórico de cada um e os anseios pessoais são excelentes mapas para diagnosticar a origem do ciúme patológico. “Pode ser que ele surja devido à insegurança, baixa autoestima, imaturidade emocional ou outros aspectos emocionais relacionados à história afetiva de um ou ambos os sujeitos da relação” , explica Paulo Bonança. “Depois, pode surgir pelo medo do abandono, da solidão, da sensação de perda emocional, de controle, da forma como o casal construiu seu espaço de intimidade e diálogo e, sobretudo, a forma como o casal enfrenta suas dificuldades”, completa.

Quem é o alvo desses destemperos emocionais também sofre com os ataques. Mas nem sempre consegue segurar a barra em tempo de salvar a relação e a vida de cada um. Depois de ver a mãe ser agredida pela ex-mulher, o feirante João Ramalho, 34 anos, não teve mais forças para ajudar a esposa.
“Presenciei cenas horríveis da minha mulher. Em casa, no meu trabalho, na frente dos amigos. Percebi que ela precisava de ajuda e tentei até o meu limite. Até o dia em que ela agrediu minha mãe fisicamente por achar que ela encobria alguma coisa minha. Foi muito triste pra mim, porque eu amava muito aquela mulher”, desabafa o feirante.

O antídotoO processo de melhora não é fácil e geralmente precisa de acompanhamento profissional. A auto-avaliação emocional é super importante, mas nem sempre há coragem de fazê-la. “Pode se instalar o desejo de mudar para não perder a pessoa amada e, por outro lado, pode se instalar o medo de analisar, de se olhar, de deixar a superficialidade da “flor da pele” e buscar afetos, sentimentos e emoções mais profundos, de trabalhar as causas e não somente os efeitos”, explica o psicólogo.

Mulheres que amam demaisPara dar uma força e ajudar a se descobrir é que grupos como o MADA (www.grupomada.com.br) (Mulheres que Amam Demais) recebem com frequência casos de mulheres que se descontrolam por ciúmes. Lá, provavelmente alguém falará de alguma situação que se assemelhe à sua.
Mesmo que não encontre ninguém nas mesmas condições, você poderá se identificar com a forma com que muitas das mulheres sentem os efeitos que a dependência de pessoas produz em suas vidas.

Se você acha que tem um problema, invista em si mesma e tenha coragem para resolvê-lo, com ou sem ajuda. “Acredito sempre na capacidade que as pessoas têm de crescer, de aprender de seus atos, palavras e sentimentos, mesmo que seja um processo difícil” conta Paulo.
fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/seu+ciume+e+obsessivo+descubra+e+saiba+como+sair+dessa/n1237504664122.html