segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Diferença entre Psiquiatra, Psicólogo e Psicanalista

Paulo Bonança; Psicólogo e sexólogo
www.paulobonanca.com

O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.

O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria, esta é composta de 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.

O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilita o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.

O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseado nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

Fonte:http://www.brasilescola.com/curiosidades/psiquiatra-psicologo-psicanalista.htm
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

Vaginismo e tratamento



O que é vaginismo?

É a impossibilidade de penetração vaginal, devido à contração involuntária dos músculos perivaginais, ao se tentar qualquer tipo de penetração.

De acordo com o DSM-IV-TR, a característica essencial do vaginismo é a contração involuntária, recorrente ou persistente do períneo adjacente ao terço inferior da vagina, quando é tentada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou espéculo.

Nas pacientes vagínicas, normalmente o desejo, excitação e a capacidade orgásmica, não estão prejudicados. Ou seja, sua capacidade de sentir o desejo sexual, se excitarem ou mesmo atingir o orgasmo pela masturbação, normalmente estão normais.

O vaginismo tem diferentes graus de intensidades, nos mais leves, é possível que ocorra a penetração parcial. Elas também apresentam a capacidade de resposta sexual inalterada, têm boa lubrificação vaginal e normalmente conseguem se entregar a uma relação sexual, sem penetração vaginal, e desfrutar esses momentos.

Rodrigues Jr. e Protti (1996) caracterizam o vaginismo como uma dificuldade que algumas mulheres possuem para viver de forma plena a sua sexualidade, sendo este resultante de específicas interações biopsicosocial e que se expressa por espasmos dos músculos que estão ao redor do intróito vaginal impedindo de maneira parcial ou total o coito.

O Vaginismo se caracteriza por contrações involuntárias da musculatura do terço externo da vagina não permitindo a entrada do pênis e o intercurso (Kaplan e Sadock, 1993).

Masters e Johnson (1985) definem o vaginismo como uma “síndrome psicofisiológica que afeta a liberdade de resposta sexual feminina impedindo severamente ou totalmente a prática do coito”.

Qual a origem?

Normalmente se percebe essa dificuldade nas primeiras tentativas de penetração de um parceiro ou durante o primeiro exame ginecológico. Porém, é comum a mulher desenvolver o vaginismo repentinamente, ou seja, teve atividades sexuais normais, e por alguma questão passa a ter o vaginismo.

Existem diversas fatores que podem desencadear essa disfunção. Entre elas, trauma sexual (muitas mulheres violentadas passaram a desenvolver esse quadro), crenças infundadas, conceitos morais e religiosos aceitos sem a menor contestação, traumas psíquicos na infância, erros severos da educação familiar.

Tratamento

O tratamento é psicoterápico. Porém, antes é necessário descartar qualquer possibilidade de ser algum problema orgânico, e isso é papel do ginecologista.

Durante o tratamento o psicoterapeuta especializado em sexualidade, fará um apanhado da história de vida dessa paciente, detectar os possíveis focos que desencadearam essa disfunção e propor diversos exercícios que serão feitos pela paciente em casa, nunca no consultório.

Assim, o tratamento abrangerá os aspectos psicológicos com base no histórico de vida da paciente, o social, as crenças e o treino com atividades (relaxamento, reconhecimento do corpo, dessensibilização sistemática, exercícios Kegel e outros) que serão sugeridas pelo profissional quando forem necessárias.

Bibliografia

Jr.,O. M. R.; Protti,F.A.M.; Silva, V.G. (1996): Vaginismo e Dispareunia: prevalências parciais brasileiras. In: VIII Congreso Latinoamericano de Sexologia Y Educacion Sexual (VIII Clases), Montevidéo.

DSM-IV-TR - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Cláudia Dornelles; - 4.ed. ver. – Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 530.

Kaplan, H.I.; Sadock, B.J. (1993): Compêndio de Psiquiatria. Porto Alegre: Artes Médicas, 6a.edição.

Masters, W.H.; Johnson, V.E. (1985): A Inadequação Sexual Humana. São Paulo: Livraria Roca,1a.edição.


Fonte: www.claudecy.psc.br
Dr. Claudecy de Souza
Psicólogo - CRP 06/69861