sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Homoerotismo feminino e visibilidade social



Homoerotismo feminino e visibilidade social
Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo
http://www.paulobonanca.com/

A luta das mulheres por seus direitos, independência e autonomia faz parte de um processo histórico digno de estudos e teorias. Através da historia mulheres fortes, valentes e destemidas enfrentaram e ainda enfrentam a discriminação e o preconceito.
Tópicos como: violência, abuso sexual, liberdade reprodutiva, orientação e assédio sexual hoje transcendem as cátedras universitárias e se perfilam como temas de abrangência social.
Matérias polêmicas - antes tratadas como temas distantes dos espaços de atuação social - começam a ser vistas em espaços de direito ocupados pela sociedade civil organizada e trabalhadas desde uma ótica mais ampla, direcionada para temáticas e relações mais íntimas, vinculadas ao corpo e aos afetos.
Estes processos de apoderamento e reivindicação visibilizam os espaços e os instrumentos de poder que influenciam a determinação do sujeito, sua sexualidade, sua moral e seus desejos.

A luta dos movimentos que reivindicam a visibilidade da mulher de orientação sexual homolésbica enfrenta hoje uma dupla batalha: uma frente à sociedade patriarcal, determinista, estruturalista, centrada na figura da dona de casa submissa ao esposo, mãe dedicada , despojada de autonomia econômica e liderança social. A outra dificuldade dessas mulheres - que lutam por seus direitos ao amor e ao afeto -, é encontrar apoio e solidariedade junto a outros que lutam por direitos semelhantes, e que levam a mesma bandeira colorida do arco-íris como símbolo de unidade e diversidade.

O processo de visibilidade das mulheres trás consigo a necessidade social de uma análise dos discursos e das práticas em todos os níveis. Os dogmatismos sexuais devem ser expostos, apontados, trabalhados e mobilizados para que a visibilidade seja plena, não somente na área pública, mais sim na sua representação mais importante; a que cada sujeito leva dentro de si, em seus atos e não somente em suas palavras.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190
Psicólogo e Sexólogo
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-
Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da SBRASH: Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana
Membro da ABEIS: Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual
Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766 www.paulobonanca.com
paulopsi2000@yahoo.com.br

Psicoterapeuta e a causa GLS



Indicações para a busca de um psicoterapeuta sintonizado com a causa GLS
Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo
http://www.paulobonanca.com/

Como uma reação frente ao preconceito social, no meio GLS esta se tornando comum, a prática de buscar um terapeuta sintonizado com as necessidades dos seus membros, sejam elas individuais ou grupais.

A busca de um profissional que aceite e acolha a orientação, a prática sexual e o objeto erótico-afetivo do cidadão (ã), GLS como uma expressão da capacidade afetiva dos seres humanos, ou uma expressão natural dos desejos, é fundamental para que ele não se encontre na difícil situação de ser discriminado por este profissional, ou seja, que reedite em seu trabalho o discurso homofóbico social.

Quando trago o tema da “psicoterapia” ou “terapia para gays”, não estou colocando em discussão a homossexualidade ou bissexualidade como causa de transtornos psicopatológicos, já que independente do objeto de desejo, qualquer pessoa poderá apresentar em um determinado momento de sua vida dificuldades em seus relacionamentos, com sua auto-estima, auto-imagem ou outros problemas emocionais e afetivos.

Nos Estados Unidos a APA (Associação Americana de Psicologia), divulgou uma lista com alguns critérios que devem ser observados pelo publico GLS no momento de buscar apoio psicológico. Devido às diferenças culturais, não sou a favor de nenhum tipo de tradução por mais bem intencionadas que sejam, mas enfim, abaixo seguem alguns itens, use seu próprio critério e assertividade.

Com respeito à figura do terapeuta a associação americana recomenda:

Ø Que o psicólogo respeite e valorize como positivos os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Ø Que o psicólogo seja consciente das dificuldades que os membros do grupo GLS enfrentam devido ao estigma social, a violência física e a homofobia, e que estas dificuldades podem colocar em risco o bem-estar e a saúde mental deles.

Ø Que para o psicólogo, a orientação sexual de tipo homossexual ou bissexual não configura indicadores de enfermidade mental.

Ø Que o psicólogo seja consciente de suas próprias dificuldades, limitações e preconceitos, e que esteja sempre alerta frente à possibilidade de atuar frente ao paciente.

Ø Que a homofobia social é um fator relevante na auto-estima e na autopercepção do paciente, e podem afetar a forma com que ele chega a terapia, assim como o processo terapêutico

Ø Que o conceito de casal e família do psicólogo seja amplo, e não restrito a duas pessoas de sexo oposto.

Ø Que a revelação da orientação sexual pode vir a ter um impacto negativo na relação do individuo com sua família, compreendendo as possíveis dificuldades que podem surgir tanto para o individuo que informa quanto para os familiares.

Como saber se o psicólogo tem as características mencionadas anteriormente?

Em caso de necessitar apoio psicológico e não conhecer um profissional que trabalhe o homoerotismo de modo afirmativo, as ONG’s, revistas e jornais gays podem ser uma valiosa fonte de informação, assim como amigos que estão/estiveram em processo terapêutico também pode ser de boa valia.

Caso não tenha a quem perguntar, utilize os itens mencionados anteriormente, transforme-os em perguntas. Não tenha medo de perguntar, seja franco e honesto com você mesmo e com as suas necessidades e não aceite menos por parte do psicólogo.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190
Psicólogo e Sexólogo
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-
Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da SBRASH: Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana
Membro da ABEIS: Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual
Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766 http://www.paulobonanca.com/
paulopsi2000@yahoo.com.br

HIV-AIDS





HIV-AIDS


Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo
http://www.paulobonanca.com/

A Aids, “Síndrome de Imunodeficiência Adquirida” do inglês Acquired Immuno Deficiency Syndrome, e considerada pela Organização Mundial da Saúde uma enfermidade de caráter epidêmico, e ate o momento não foi encontrada uma vacina eficaz para o seu tratamento. A Aids é o resultado da infecções do organismo pelo vírus HIV, ele afeta o sistema imunológico que perde sua eficiência progressivamente abrindo caminho para infecções oportunistas e certos tipos de câncer. Em sistesis, a Aids e um conjunto de signos e sintomas que advertem a etapa mais avançada da infecção pelo HIV.

A origem do vírus HIV “Vírus da Imunodeficiência Humana”, ainda e incerta, mas sua propagação teve inicio anos antes do surgimento dos primeiros casos devidamente registrados como tal. Como os sintomas da AIDS podem demorar anos em aparecer, neste espaço de tempo ele pode ser transmitido a outras pessoas, sem que o soropositivo, pessoa que vive com o vírus HIV, este consciente de seu estado de saúde.

O primeiro diagnostico de infecções oportunistas decorrentes do HIV foi publicado em junho de 1981 no boletim do Centro de Controle de Doenças na cidade de Atlânta nos Estados Unidos. Em 1983 o Instituto Pasteur da Franca e o instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos isolaram o vírus dando inicio a pesquisas que permitiram em 1996 o surgimento da terapias anti-retrovirais, mais conhecidas como “coquetel”. O eficácia destes novos medicamentos resultou em uma diminuição de 80% dos casos de internação hospitalar e diminuiu significativamente o numero de óbitos.

Os medicamentos a disposição das pessoas portadoras do vírus HIV si por um lado tem conseguido diminuir a incidência das infecções oportunistas, por outro, ainda não são capazes de eliminar-lo do organismo .A AIDS ainda não tem cura, a informação e a prevenção ainda são as melhores armas contra o vírus, mais a informação não é tudo, é necessário fazer uso dela e encarar o HIV de maneira responsável . Existe um mundo de diferença entre o que eu sei, e o que eu faço.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190
Psicólogo e Sexólogo
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-
Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da SBRASH: Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana
Membro da ABEIS: Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual
Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766 www.paulobonanca.com

Dark-Room: Vamos acender a luz?



Dark-Room: Vamos acender a luz?

Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo

http://www.paulobonanca.com/

....Quarto escuro, corpos desnudos ou quase, sussurros, mãos, pernas, bocas, pênis, sujeitos incógnitos, braços e abraços, beijos, sexo oral, anal, grupal. A situação privilegia o tato, a visão é descartada, vale o prazer sem limite, um , dois, três, quatro.... enfim, viemos para isto e não para outra coisa, façamos sem barreiras, limitações, juízos de valor ou repressões, afinal é imaginar que somos atores/personagens do teatro do desejo, encenando a peça: “nos domínios do baú do porão”....

Todos internamente levamos necessidades e desejos a serem satisfeitos, que necessitam ser atuados, praticados, precisam entrar no campo de possibilidades. Algumas destas necessidades e desejos além do prazer geram medo, susto, raiva, taquicardia, despertam angustia. Ser sexualmente visível, 100% presente, real, completo também é ser alvo de avaliações, preconceitos, padrões estéticos, além da possibilidade de ter o desempenho sexualmente avaliado. Uma solução? Refugiar-se no escuro, guardar-se no baú fechado e escondido no porão do seu ser ou de alguma sauna ou local noturno.

Poder ver o baú, poder olhar a si mesmo e o outro de frente é vencer o medo, enfrentar a fatalidade temida, é sair da negação. A negação é um grande incentivo a fazer o que se teme, é desviar do caminho mas subjetivamente, continuar trilhando no mapa. A morte, a doença, a falta de afeto, a solidão, o medo à rejeição e a discriminação entre outros são partes do escuro. Esconde-se no escuro, mas o escuro é o domínio do baú do porão; e aí está a ambivalência. É no escuro do quarto que se atua o que assusta, lá onde todos são incógnitos se encontram consigo mesmo e com os seus fantasmas, formas sem nome, sem identidade ou cobranças.

Será que o sexo revoga a sexualidade? Ou é o anonimato que dá força e permite atuar o desejo? Permite-se somente o anonimato ou também ser visto e acima de tudo ver o seu reflexo nos olhos do outro? Existem outros modos de satisfação ou o anonimato se tornou uma camisa de força, uma prisão, os olhos que não vêem negam as mãos e os dedos que apontam? Para chegar ao baú é necessário descer ao porão, simbólicamente ir para trás, controlar a ansiedade, cada degrau que se desce é um encontro consigo mesmo, disfarçado mas reconhecido, a marca esta lá, em cada um deles, as necessidades e os desejos negados subindo os degraus, escapando do porão, fugindo do baú.

A natureza do impulso assusta e a ansiedade aumenta. Abrir ou não abrir, olhar ou não olhar? E então, vamos acender a luz?

Paulo Bonança C.R.P 05-30190
Psicólogo e Sexólogo
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile- Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da SBRASH: Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana
Membro da ABEIS: Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual
Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766
www.paulobonanca.com
paulopsi2000@yahoo.com.br

A homossexualidade como uma construção da modernidade



A homossexualidade como uma construção da modernidade

Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo
http://www.paulobonanca.com/


O caráter histórico das práticas sexuais, sua dimensão simbólica e seu caráter dialético, configuram elementos que nos permitem compreender a relação indivíduo/sociedade/sexualidade.
Até o final do século XVIII, o direito canônico, a lei civil e a pastoral cristã estabeleceram o lícito e o ilícito dos atos sexuais, colocando no núcleo do seu discurso a família e seu papel reprodutivo, objetivando deste modo a ordem e o controle social através da regulamentação das práticas sexuais.
Com o inicio da modernidade e o avanço das ciências, o foco de atenção sexual deixou de ser o matrimonio e se concentrou nas sexualidades periféricas, ou seja: a sexualidade dos loucos, das crianças, dos criminosos e no prazer homoerótico. As sexualidades ditas periféricas não surgiram na modernidade: sempre estiveram presentes durante épocas anteriores, porém a diferença é que agora elas passam a ter uma visibilidade e são apresentadas como entidades específicas que devem ser estudadas, avaliadas e controladas.
Através deste processo ocorreu a implementação das perversões pela ciência, que se encarrega de controlar, classificar e inseri-la dentro de uma realidade permanente e analítica. Estas novas classificações e especificações criaram uma nova identidade, um novo tipo de indivíduo: o "sujeito homossexual", diferente dos outros sujeitos da sociedade por estar fora da norma dominante.
Esta construção moderna da homossexualidade como uma identidade, impossibilitou uma visão total do indivíduo, que passou a ser fragmentado com sua sexualidade predominando seus atos. O sodomita de épocas anteriores era um relapso, o homossexual do início da modernidade é uma espécie.
Atualmente, as ciências e a sociedade civil organizada deram grandes passos no sentido de desmistificar o prazer homoerótico e o preconceito social que o acompanha. Mas o caminho é longo e difícil, pois a tolerância alcançada através de árduo trabalho não é a falta do preconceito, mas sim, o preconceito congelado, escondido, à espera de uma oportunidade para surgir e estabelecer suas normas e pautas de controle e normalidade sexual.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190
Psicólogo e Sexólogo
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile- Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da SBRASH: Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana
Membro da ABEIS: Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual
Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766

A AIDS não tem cara



A AIDS não tem cara

Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo

http://www.paulobonanca.com/

Desde a sua identificação em 1984, o vírus causador da AIDS “Síndrome de Imunodeficiência Adquirida” vem sendo estudado e combatido com firmeza pela ciência. Na atualidade o portador do vírus HIV “Vírus da Imunodeficiência Humana”, encontra na terapia anti-retroviral um aliado, colocando o soropositivo “pessoa que vive com o vírus HIV” na situação de portador de uma enfermidade crônica tratável.

Infelizmente, parte da população desinformada, acredita que a Aids mata mais do que qualquer outra doença, e de maneira vergonhosa, pois o soropositivo segundo eles seria uma "espécie", e tentam identificá-los por atributos corporais como: magreza tosse constante, pele amarelada, olhar fundo e melancólico, manchas na pele (Sarcoma de Kaposi), gânglios e caroços. Neste caso os atributos do indivíduo ficam submetidos à doença, de forma que tudo aquilo que ele possa ter e/ou representar para a sociedade é visto sob um olhar refratário, que impõe entre a sociedade e o soropositivo uma barreira, um sinal de diferenciação.

Este olhar refratário, alem de preconceituoso constitui uma dificuldade extra para a prevenção do HIV, pois para as pessoas desinformadas o aspecto físico seria um referencial seguro para a utilização ou não do preservativo em um encontro sexual. Corpos “sarados”, “rostos bonitos” não são barreiras para o HIV ou outras DST’S, ame com camisinha e coloque a prevenção em primeiro lugar.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190
Psicólogo e Sexólogo
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-
Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da SBRASH: Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana
Membro da ABEIS: Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual
Consultório: Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tamanho do pênis, Patriarcado e Sexualidade



Tamanho do pênis, Patriarcado e Sexualidade

Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo
http://www.paulobonanca.com/


Tamanho do pênis, Patriarcado e Sexualidade

Imagine-se na seguinte situação. Num grupo de amigos alguém pergunta: Para você, tamanho é documento? Se disser não, corre o risco de passar a ser visto como “o caro do pinto pequeno”. (somente quem tem pequeno pensa assim).
Dentro do imaginário social-sexual tamanho é documento sim, e de preferência grande e grosso, para que não paire nenhuma dúvida sobre a masculinidade.
Nossa primeira referencia biológica vinculada ao sexo que pertencemos vem do ter ou não ter pênis, daí talvez venha o medo de se vincular o pênis pequeno ao feminino, ao clitóris, à vagina.
Já na adolescência o tamanho do pênis surgir como referencial para afirmação de identidade, junto à quantidade de relações sexuais podem servir de mecanismo de defesa contra o medo de ser homossexual. As preocupações dos adolescentes são reflexos dos estereótipos machistas e repressivos ainda presentes em nossa sociedade patriarcal, e a equação é simples: pênis grande/ auto-estima alta, pênis pequeno/ auto-estima baixa.
Mas adolescentes não são os únicos a se preocuparem com o tema. Basta visitar os chats de sexo na internet, (salas de bate-papo), a grande maioria se apresenta como “bem dotado”, algo absolutamente dispensável, já que o sexo é virtual. De novo voltamos ao imaginário social-sexual.
Vivemos numa cultura “falocêntrica”, o Viagra é um bom exemplo disto, o sexo penetrativo. Em fim, voltemos a pergunta. Tamanho é documento? A resposta é: absolutamente não, não é documento. O tamanho do pênis não guarda relação com a capacidade de dar e receber prazer. Além disto, a experiência sexual com um outro deve involucrar todo o corpo, todos os sentidos. O maior órgão do corpo humano, a pele, responde eróticamente aos estímulos.

Portanto, centrar-se no tamanho do pênis é desperdiçar a oportunidade de estar com um outro por inteiro.


Paulo Bonança, Psicólogo C.R.P 05- 30190.
Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-
Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.
Membro da Sociedade Brasileira de estudos Sexualidade Humana SBRASH
Consultório Copacabana: Telefone (21) 2236-3899 – 9783-9766
Paulopsi2000@yahoo.com.br
http://www.paulobonanca.com/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Democracia, Sociedade Civil e HIV/AIDS: O coquetel dos anos 80






Democracia, Sociedade Civil e HIV/AIDS: O coquetel dos anos 80
Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo


http://www.paulobonanca.com/

Nos movimentados anos 80 o Brasil iniciou um longo processo de reestruturação nacional. Ventos de liberdade sacudiram a poeira e iluminaram os porões, deixando espaço para o novo o moderno o andrógino.
Retornados políticos, chegam com novas perspectivas acerca das necessidades sociais, buscam soluções mais amplas, a ideologia abre espaço para a pluralidade de pensamento, surge o conceito de sexualidades, de liberdade sexual e o país se abre a tônicas diversas.
A oxigenação nacional potencializa e abre espaço ao ativismo, ao discurso dos excluídos, surgem as ONGs, o chamado terceiro Setor, ou seja, organizações representativas da sociedade civil, sua voz, sua orgânica, seu discurso. As Ongs surgem como representantes idôneos destas necessidades, colocando o poder político da reivindicação nas mãos dos atores sociais vinculados as causas: “se querem saber como somos, como sentimos, como amamos, como atuamos e quais são nossas reivindicações e necessidades perguntem diretamente a nós, pois podemos responder a vocês melhor que qualquer outro”.
O fortalecimento das ONGs gays e Hiv-Aids nos anos 80, representou um novo espaço formal de poder dentro da sociedade, espaço de denúncia, reivindicação de direitos civis, cobrando dos governantes e da sociedade como um todo, respostas efetivas frente ao aumento das práticas de abusos e discriminações sofrida pelos homossexuais, que se viram imersos num discurso que os relacionavam diretamente como agentes de transmissão do HIV, gerando a falsa idéia de que os homossexuais constituíam o “grupo de risco”, grande barreira para a adesão ás práticas de prevenção em héteros ainda na atualidade.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190


Psicólogo e Sexólogo


Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-


Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.


Membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana)


Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766