quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os novos profissionais do prazer.

 
NATHALIA ZIEMKIEWICZ: Há dez anos, o capixaba Alexsandro Barcellos Silva era um jovem psicólogo com um sogro esquisitão. Deva Nishok, pai de sua então namorada, adotara o tantra, uma filosofia oriental que usa experiências sensoriais – como massagens – para atingir a libertação física e espiritual. Por massagem, entenda-se a estimulação de todas as partes do corpo, inclusive zonas erógenas e órgãos sexuais. Mesmo “assustado”, Silva participou de algumas sessões promovidas pelo ex-sogro. “Meses depois, percebi que a experiência tinha mexido comigo”, diz ele. Silva deixou seu consultório particular de psicologia e resolveu estudar a filosofia tântrica.

Hoje, aos 33 anos, Silva atende pelo nome de Pashupati. Num sobrado da Vila Mariana, em São Paulo, faz mulheres gemer, chorar e rir quando chegam ao orgasmo durante as sessões de massagem tântrica. Ele diz que sua família e seus colegas de Vitória, no Espírito Santo, onde nasceu, não aceitam muito bem a reviravolta em sua vida. Os vizinhos especulam se ele virou garoto de programa. Os pais, chocados, perguntaram se a tal massagem era “lá” onde estavam pensando. Ele confirmou. Sua mãe, Xanderly, uma dona de casa de 53 anos, demonstrou preocupação: “E se o marido dessas moças descobre?”. >> Catherine Hakim: "Ter um caso faz bem ao casamento" >> Como Rômulo Sousa ganha dinheiro ensinando homens tímidos a se aproximar das mulheres Dona Xanderly não tem com o que se preocupar, diz Silva.
 
 Ele, assim como os outros 63 terapeutas do Metamorfose, o maior centro tântrico do país, é um novo tipo de profissional do prazer. Em salas com iluminação baixa, aroma de incensos e música relaxante, eles aplicam a massagem da maneira mais asséptica possível, em delicadas circunstâncias. Depois de uma breve conversa com o cliente, para entender as motivações que o levaram até lá, convidam-no a se deitar nu num futon, vestem luvas descartáveis besuntadas em óleo corporal e começam o trabalho. Não é permitido que o massagista fique nu ou seja tocado durante a sessão. Silva, como os outros terapeutas, diz seguir o protocolo rigorosamente.
 
Por quase uma hora, ele executa movimentos suaves com as pontas dos dedos pelo corpo do cliente, “acordando” os músculos e o sistema nervoso. Na meia hora seguinte, dedica-se aos genitais. A sessão pode ou não terminar em orgasmo, mas é certo que não haverá sexo entre o massagista e seu cliente. “Encaro meu trabalho como se fosse um ginecologista”, afirma Silva. Mesmo assim, ele não é muito discreto ao revelar os elogios que escuta das clientes. “Algumas me consideram uma espécie de deus.” Silva chama algumas das sessões de massagem de “exorcismo”, por causa dos gritos e das crises de riso ou de choro: “Só aperto os botões certos para despertar algo que já está na pessoa”. Os novos profissionais do prazer não são médicos. Eles ganham para levar os clientes ao êxtase sexual. Não gostam de falar sobre isso, mas se equilibram numa linha tênue que separa seu trabalho da prostituição. O site do Metamorfose destaca que o centro não oferece nenhum tipo de relação sexual, mas mesmo ali se destaca a boa aparência dos funcionários, sejam moças ou rapazes. Na página em que o cliente escolhe por quem quer ser atendido, muitas terapeutas chamam a atenção pela beleza e fotogenia. Nesse ramo, também não se fala em números.
 
 Os terapeutas dizem fazer no mínimo 30 atendimentos por mês. Como cada sessão custa cerca de R$ 300, chega-se a um ganho mensal de R$ 9 mil. Mesmo considerando que se paguem 50% de comissão à empresa, o massagista fica com um salário de R$ 4.500, por poucas horas de trabalho. Para quem olha de fora, parece uma atividade motivada por dinheiro ou desejo. Os massagistas dizem que é basicamente altruísmo. Querem ajudar pessoas com problemas sexuais. As mulheres que procuram o serviço costumam reclamar de falta de libido. Algumas foram vítimas de abuso sexual. Outras têm vaginismo (contração involuntária dos músculos vaginais) e anorgasmia (ausência de orgasmos). Os homens relatam disfunções sexuais como ejaculação precoce ou impotência, causadas por problemas emocionais. Disfunções por motivos fisiológicos, como uma doença, não podem ser resolvidas pelo tantra. Se as causas são emocionais, como ansiedade ou cobrança por desempenho, ele talvez possa ajudar. “Para algumas pessoas, pode ser mais fácil encarar uma sessão de massagem do que um psicanalista”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex), da Universidade de São Paulo (USP).
 
Na teoria, a massagem tântrica é capaz de proporcionar orgasmos poderosos porque a pessoa está ao mesmo tempo relaxada e totalmente concentrada em receber prazer. Não existe a tensão de uma relação sexual, em que as duas partes estão preocupadas com os sentimentos e o julgamento do outro. Ao mesmo tempo, é possível acompanhar, por meio do trabalho do massagista, como cada parte do corpo reage ao toque. As pessoas estão acostumadas a concentrar seu erotismo em áreas predeterminadas e podem ter surpresas agradáveis. E instrutivas. O administrador de empresas M., de 43 anos, procurou uma das cinco unidades do Spaço Tantra na cidade de São Paulo para ter novas experiências sensoriais. Ele conta que a namorada logo notou as mudanças, mesmo sem saber de seus encontros semanais com a terapeuta Dhara Prem, de 38 anos.“Hoje, capricho nas preliminares, a ereção dura mais e não preciso ejacular para ter prazer”, diz ele. Dhara, que não informa seu nome verdadeiro, afirma que essa é a maior recompensa de seu trabalho. “Meu prazer é perceber que a pessoa se entregou e deixou os problemas lá fora”, diz ela. Seus clientes são advogados, engenheiros ou executivos estressados.
 
 Eles precisam relaxar e têm como pagar pelo serviço. Às vezes, a terapia indiana funciona como forma de salvação pessoal para o massagista. A terapeuta paulistana Samvara conta que foi abusada até os 12 anos pelo pai alcoólatra, violência que resultou numa grave depressão. Até os 25 anos, seus namoros eram só “beijo, abraço e aperto de mão”. Sem sexo, ela demorou a ter relacionamentos sérios e não formou a própria família. O primeiro orgasmo foi aos 40 anos, numa sessão tântrica. Ao notar a transformação em sua própria vida, decidiu abandonar a carreira de advogada trabalhista e dedicar-se ao tantra. Hoje, com 50 anos, diz que é “emocionante poder retribuir” o bem que fizeram a ela. Essa disposição generosa parece um sentimento comum a todos os envolvidos na nova indústria do prazer. “Minha satisfação pessoal é ver a evolução dos clientes”, afirma Ivy Fasanella, a Yamini, ex-dentista que atende no centro Metamorfose. “Adoro saber que o sexo deles em casa melhorou. Quando isso acontece, a vida toda muda para melhor.” Ivy é loira de olhos azuis, tem 38 anos e um sorriso largo e bonito. Alguns dos homens atendidos por ela preferem não revelar às parceiras as horas passadas no futon. O professor de ioga Pedro Salgado, namorado de Ivy, não se importa. Ele diz que ajudar no desenvolvimento sexual das pessoas é “um objetivo nobre”. Não é incomum que Ivy receba ligações inconvenientes de quem confunde a terapia tântrica com sexo. Pacientemente, ela explica o engano.
 
A confusão frequente fez com que tivesse medo, em suas primeiras sessões, de ficar sozinha com um desconhecido nu. Mesmo assim, ela diz que nunca passou por situação que não pudesse contornar. “Alguns jogam verde, brincam que vão se apaixonar”, diz. “Mostro que não existe possibilidade de algo a mais. Postura séria e tom de voz firme inibem os mal-intencionados.” A terapeuta Edna Pereira, batizada de Hyanna, já recebeu ofertas em dinheiro para jantar ou transar com clientes. Nas primeiras vezes em que isso aconteceu, ficou desolada e chorou. “Eu me senti uma prostituta”, diz. Ela concilia o trabalho como massagista tântrica com o cargo de fisioterapeuta. Diz que hoje tem um discurso pronto para os abusados: “Você encontra isso que deseja em outros lugares, por um preço menor e sem restrições”. Edna passou um bom tempo sob olhares tortos de colegas do hospital, e um relacionamento terminou quando o rapaz soube de sua atividade. Um dia, se ofereceu para lhe fazer uma massagem tântrica. Ele adorou a surpresa, e ela revelou que fazia aquilo profissionalmente. A expressão dele mudou na hora: “Você pega no pênis de desconhecidos?”. O romance não foi para a frente, e Edna continua solteira. “É difícil para um homem entender meu trabalho”, diz. “Na cama, eles também não acompanham meu ritmo.”
 
Por causa do conhecimento sobre o corpo proporcionado pelo tantra, Edna diz prolongar o orgasmo por tanto tempo, que uma relação sexual para ela pode durar horas. O mercado para serviços de prazer parece estar em crescimento. Só o Metaformose tem dez unidades espalhadas por várias cidades do país, e seus terapeutas viajam para fazer atendimentos em lugares onde não há filiais. Além das pessoas com problemas na cama que querem alguma espécie de ajuda, há multidões interessadas em aumentar o próprio prazer – e o do companheiro. “As pessoas querem sempre mais diversão, mais intensidade, mais prazer”, afirma o sexólogo Amaury Mendes Junior. Isso faz parte da cultura de nosso tempo, da mesma forma como a busca pelo corpo perfeito e pelo sucesso profissional.
 
 O psiquiatra Alexandre Saadeh, do Hospital das Clínicas da USP, diz que nunca fomos tão exigentes em relação ao sexo. “É quase uma obrigação ter orgasmos intensos e uma transa sempre fenomenal”, afirma. A busca pelo prazer constante de alta qualidade pode ser apenas uma ilusão, mas ela mobiliza gente. Assim como compramos carros e telefones celulares, que melhoram a cada ano, gostamos de acreditar que é possível melhorar tudo a nosso respeito: a aparência, os sentimentos e, por que não?, a capacidade de dar e receber prazer sexual. Pagando por isso. Em seu novo livro, Como pensar mais sobre sexo, o filósofo suíço Alain de Botton sugere que essas expectativas talvez sejam irrealistas. O sexo, diz ele, é misterioso e irremediavelmente complicado. As massagens tântricas podem ser prazerosas e estimulantes. Mas é improvável que nos abram as portas do paraíso de uma vez por todas – a despeito da boa vontade e do talento dos novos profissionais do prazer. NATHALIA ZIEMKIEWICZ Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/10/os-novos-profissionais-do-prazer.html

quinta-feira, 1 de março de 2012

Compulsão sexual





Fonte:
http://www.claudecy.com.br/saiba-mais-c/sexualidade/compulsao-sexual.html

Compulsão sexual

O que é?

É a busca e/ou envolvimento exagerado por práticas sexuais diversas, que são percebidas como fora do controle e que causam prejuízos a vida social, familiar, trabalho e saúde.

Dentre essas práticas podemos destacar os seguintes comportamentos:

• Busca cada vez maior por novas parcerias;
• Masturbação compulsiva;
• Utilização exagerada por filmes ou literaturas eróticas para esse fim;
• Uso compulsivo da internet na busca de materiais para a excitação sexual;
• Com o passar do tempo, a pessoa sente a necessidade de aumentar a frequência das atividades sexuais para obter as mesmas sensações de prazer. Porém, proporcionalmente há o aumenta da angústia. É um mecanismo muito parecido com a dependência química (drogas), na qual a pessoa precisa de cada vez mais para obter o prazer que ele um dia sentiu.

Problemas decorrente da compulsão sexual:

A pessoa com compulsão sexual tem uma relação com o sexo diferente das pessoas que não apresentam esse comportamento. Para quem não tem a compulsão sexual, o sexo, na maioria das vezes é praticado em busca do prazer, complemento da relação, jogos de sedução são partes integrantes no processo de socialização, e contribuem para o desenvolvimento sadio da auto estima. Já quem tem esse problema, pratica o sexo para aliviar um sofrimento. Sentem prazer sim, mas é um prazer muito cego, limitado e assustado. Dura muito pouco. Logo essa pessoa precisará novamente dessa "droga".

Com o tempo a pessoa tenderá a buscar cada vez mais recursos para saciar sua necessidade, por isso gasta muito do seu tempo útil na busca de pessoas ou situações para se "satisfazer".

Por causa do tempo desprendido as atividade envolvendo o sexo, a pessoa prejudica seu trabalho, se isola cada vez mais do convívio social, familiar, passa a praticar verdadeiras manobras e rituais para manter a busca pelo sexo. Com isso, é muito comum os argumentos (mentiras) em casa para justificar o tempo gasto nessas atividades. No trabalho, com o baixo rendimento é comum a demissão. Assim a pessoa não consegue enxergar que sua vida está girando em torno do sexo.

A negação

Uma das grandes dificuldades de mensurar a quantidade de pessoas que sofrem de compulsão sexual, é a negação. Como no desenvolvimento desse problema o prazer é algo que permeia a pessoa, é muito difícil para a pessoa envolvida enxergar que atrás desse conjunto de comportamentos sexuais se esconde alguns problemas. Por isso, a negação é, durante muito tempo, o principal argumento dessas pessoas. Somente após perdas significativas como trabalho, família, amigos, saúde... a pessoa começa o processo de reconhecimento de que precisa de ajuda.

Casos:

Uma mulher de 38 anos, casada, me procurou se queixando do modo como ela se relacionava sexualmente. Dizia que não conseguia parar de pensar em sexo, que fazia altas manobras para vivenciar o prazer sexual. No seu trabalho quase que diariamente ela se ausentava de 1 a 3 vezes para fazer sexo com alguém que acabara de conhecer ou outros já conhecidos. Em casa, frequentemente solicitava serviços delivery, como pizzas, gás, encanadores... e esses eram recebidos por ela na área de serviço e ali mesmo ela praticava sexo com eles, se interessando apenas pelo seu prazer/alívio. Assim que ela atingia o orgasmo, literalmente os expulsava dali. Sempre era tenso. Junto com a angústia e o arrependimento, vinha o pensamentos e estratégias de como faria sexo novamente.

Outro caso, o de um homem de 40 anos, separado, que se dizia ser bissexual, se queixando de muita ansiedade e angústia. Durante o processo terapêutico ele revelou que já havia perdido o casamento, o trabalho estava muito prejudicado, se afastou dos amigos, sua vida estava muito desorganizada, atolado em dívidas e que ficava de 4 a 8h por dia (horário de trabalho), na busca por encontros para o sexo. Ele fazia sexo em média com 60 pessoas diferentes por mês. Essas relações eram sempre rápidas, vazias e acompanhadas de muita ansiedade. Com essa dinâmica ele não conseguia organizar sua vida, e muito menos compreender os sentimentos que desencadeavam esses comportamentos.

Quando é o início da compulsão sexual?

De acordo com a OMS, em 1993 é mais comum ter seu início no final da adolescência ou no início da vida adulta.

Porém, a procura por ajuda costuma ser tardia, quando as consequências negativas para a saúde, trabalho, família e social tornam-se muito evidente.

Num primeiro momento, e isso pode levar anos, a pessoa nega a existência desse problema, o que é uma característica marcante desse problema. Somente quando se sente pressionado a pessoa procura ajuda.

Os episódios de compulsão sexual, normalmente passam por quatro fases (Carnes, 1989):

1. Fissura: a pessoa fica envolvida com pensamentos sobre sexo, são pensamentos muito fortes e ela procura por sexo em todos os lugares.

2. Ritualização: ela desenvolve uma rotina que a conduz ao comportamento sexual. Isso significa, passar por lugares que ofereçam estímulos sexuais, acessar a internet com essa finalidade, tentar seduzir profissionais dos sexo (garotas e programa, travetis...).

3. Gratificação sexual: nessa etapa a pessoa já está muito envolvida com o prazer e dificilmente conseguirá parar antes de efetuar o ato.

4. Desespero: após o ato a pessoa se sente fraca, com remorso, impotente por não ter conseguido evitar.

Epidemiologia
De acordo com estudos realizados nos EUA, na década de 80 (Carnes, 1989), apontam que de 3 a 6% da população americana apresentavam esse comportamento. Porém, com o advento da internet é muito provável que esse número tenha aumentado.

No Brasil, até o momento não temos pesquisas amplas falando dessa prevalência na população brasileira.

A prevalência é maior nas pessoas do sexo masculino.

Causas

As pesquisas apontam para fatores multi causal.

Do ponto de vista neuroquímico, estudos não conclusivos apontam para aspectos relacionados a recaptação da serotonina (Hollander, E. Wong, 1995).

Do ponto de vista das causas psicológicas há um leque de fatores que podem causar ou desencadear a compulsão sexual. Dentro desse leque, é comum encontrarmos pessoas com a auto-estima baixa, timidez, sentimentos de inferioridade, de menos valor perante a sociedade. Além disso, muitos apresentam dificuldades de se envolverem num relacionamento afetivo. Todos esses fatores, por exemplo, causam mal estar, sofrimento, angústia e ansiedade. Em algum momento, tais pessoas tiveram contado com alguma sensação que lhes causaram alívio (nesses casos, atividades envolvendo o sexo). Esse alívio representou um reforço positivo, que é um estímulo que leva a pessoa a buscar essa mesma sensação de prazer todas as vezes que ela tiver as sensações ruins, desencadeadas pelos exemplos acima. Desse modo, enquanto os fatores desencadeadores se mantiverem, essas pessoas continuarão se sentindo mal, e por não saberem lidar com essas emoções, voltam a buscar os mesmos recursos para amenizar o mal estar.

Esse mesmo mecanismo está presente nas pessoas que também buscam, por exemplo, o álcool, drogas para aliviar essa angústia. As escolhas de cada um dependem de fatores genéticos (predisposição) e de fatores ambientais (a interação da pessoa com o meio em que ela vive).

Tratamento

O tratamento pode ser feito em duas linhas de frente: medicamentoso e psicoterapia.

No primeiro momento é necessário que um profissional (psicólogo e/ou psiquiatra) seja consultado para analisar o caso. Com base nessa análise, o paciente será orientado.

Existem casos de sucessos que foram tratados apenas com a psicoterapia. Outros precisam fazer uso de medicamentos, que inclusive, vão ajudar no processo psicoterapêutico.

Na psicoterapia, a pessoa aprenderá a reconhecer os fatores que causam a dor, a angústia e o sofrimento. Perceberá também que muito do modo como ela se percebe no meio em que vive, está equivocado. Nesse processo a pessoa perceberá que existem outras maneiras de se ver, se relacionar, se envolver...

Com a evolução do processo da psicoterapia, a pessoa terá condições de identificar os fatores desencadeadores e a evitá-lo, bem como a se relacionar de modo saudável com as área antes afetadas (família, trabalho, social, relacionamentos...)

No tratamento psicoterapêutico, de acordo com a avaliação do profissional, existe a possibilidade de ser tratado numa psicoterapia individual, casal, grupal ou familiar. Esse último, em especial, será muito importante no processo de ajuda na recuperação da pessoa que sofre com compulsão sexual.

Bibliografia
ABDO, C.H.N. (Org.) Sexualidade humana e seus transtornos. 2. ed. São Paulo: Lemos; 2000.

ABREU, C. N. de. Manual clínico dos transtornos do controle dos impulsos / Cristiano Nabuco de Abreu, Hermano Tavares, Táki Athanassios Cordás, organizadores. - Porto Alegre: Artmed. 2008.

CARNES, P. Contrary to love: helping the sexual addict. Minneapolis: CompCare: 1989.

HOLLANDER, E.; WONG, C. M. Body Dysmorphic disorder, pathological gambling, and sexual compulsions. Jurnal Clinical Psychiatry, v. 56, suppl. 4, p. 7-12, 1995.

RODRIGUES J., Oswaldo M. Objetos do desejo: das variações sexuais, perversões e desvios. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo, Iglu, 2000.