quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Democracia, Sociedade Civil e HIV/AIDS: O coquetel dos anos 80






Democracia, Sociedade Civil e HIV/AIDS: O coquetel dos anos 80
Autor: Paulo Bonanca Psicologo e Sexologo


http://www.paulobonanca.com/

Nos movimentados anos 80 o Brasil iniciou um longo processo de reestruturação nacional. Ventos de liberdade sacudiram a poeira e iluminaram os porões, deixando espaço para o novo o moderno o andrógino.
Retornados políticos, chegam com novas perspectivas acerca das necessidades sociais, buscam soluções mais amplas, a ideologia abre espaço para a pluralidade de pensamento, surge o conceito de sexualidades, de liberdade sexual e o país se abre a tônicas diversas.
A oxigenação nacional potencializa e abre espaço ao ativismo, ao discurso dos excluídos, surgem as ONGs, o chamado terceiro Setor, ou seja, organizações representativas da sociedade civil, sua voz, sua orgânica, seu discurso. As Ongs surgem como representantes idôneos destas necessidades, colocando o poder político da reivindicação nas mãos dos atores sociais vinculados as causas: “se querem saber como somos, como sentimos, como amamos, como atuamos e quais são nossas reivindicações e necessidades perguntem diretamente a nós, pois podemos responder a vocês melhor que qualquer outro”.
O fortalecimento das ONGs gays e Hiv-Aids nos anos 80, representou um novo espaço formal de poder dentro da sociedade, espaço de denúncia, reivindicação de direitos civis, cobrando dos governantes e da sociedade como um todo, respostas efetivas frente ao aumento das práticas de abusos e discriminações sofrida pelos homossexuais, que se viram imersos num discurso que os relacionavam diretamente como agentes de transmissão do HIV, gerando a falsa idéia de que os homossexuais constituíam o “grupo de risco”, grande barreira para a adesão ás práticas de prevenção em héteros ainda na atualidade.

Paulo Bonança C.R.P 05-30190


Psicólogo e Sexólogo


Diplomado em Sexualidade Humana pela Universidade Diego Portales- Chile-


Autor da Tese “A AIDS entre os homossexuais; A confissão da soropositividade ao interior da família”.


Membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana)


Consultório Rio de Janeiro, Copacabana Telefone: (21) 2236-3899, 9783-9766




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