quinta-feira, 16 de agosto de 2018

HIV- AIDS, Relacionamento pessoal e social

Psicólogo e sexólogo Paulo Bonança. Copacabana
Contato :(21) 2236-3899 e 99783-9766

HIV- AIDS Relacionamento pessoal e social




Como qualquer outra pessoa, a pessoa que vive com HIV/aids tem o direito de levar uma vida igual à de todo mundo. Pode trabalhar normalmente, praticar esportes, ir a festas, frequentar bares, shoppings, clubes e se relacionar com as pessoas, social e afetivamente. Está comprovado que a continuidade da vida social e a adesão adequada ao tratamento resultam na melhora da qualidade de vida e na resposta ao tratamento com medicamentos antirretrovirais.
O preconceito e o estigma associado à aids são dificuldades frequentemente encontradas pelos soropositivos para conseguirem manter a vida normalmente. Deixar de ser amigo de uma pessoa que vive com HIV/aids por medo de pegar a doença é bobagem. O HIV não é transmitido pelo abraço ou até mesmo pelo beijo. O contágio se dá, principalmente, por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas e outros objetos cortantes e pela amamentação. Previna-se contra o HIV e livre-se do preconceito.

fonte: http://www.aids.gov.br/pagina/sexualidade

Portadores do HIV Direitos Fundamentais

Psicólogo e sexólogo Paulo Bonança. Copacabana
Contato :(21) 2236-3899 e 99783-9766
Aconselhamento em HIV AIDS


Direitos Fundamentais dos portadores do HIV  



Pela Constituição brasileira, os portadores do HIV, assim como todo e qualquer cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos garantidos. Entre eles: dignidade humana e acesso à saúde pública e, por isso, estão amparados pela lei. O Brasil possui legislação específica dos grupos mais vulneráveis ao preconceito e à discriminação, como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos, portadores de doenças crônicas infecciosas e de deficiência.
Em 1989, profissionais da saúde e membros da sociedade civil criaram, com o apoio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, a Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. O documento foi aprovado no Encontro Nacional de ONG que Trabalham com Aids (ENONG), em Porto Alegre (RS).
I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a aids.  
II – Os portadores do vírus têm direito a informações específicas sobre sua condição.
III - Todo portador do vírus da aids tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida.
IV - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação.
V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas pelo único motivo de serem portadoras do HIV/aids, qualquer que seja sua raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual.
VI - Todo portador do vírus da aids tem direito à participação em todos os aspectos da vida social. Toda ação que visar a recusar aos portadores do HIV/aids um emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à participação em atividades coletivas, escolares e militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por lei.
VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o HIV.
VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o HIV/aids, sem o consentimento da pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais.
IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/aids compulsoriamente, em caso algum. Os testes de aids deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos,  controle de transfusões e transplantes, estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou populações. Em todos os casos de testes, os interessados deverão ser informados. Os resultados deverão ser transmitidos por um profissional competente.
X - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas às pessoas que deseja seu estado de saúde e o resultado dos seus testes.
XI - Toda pessoa com HIV/aids tem direito à continuação de sua vida civil, profissional, sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos completos à cidadania.

fonte: http://www.aids.gov.br/pagina/direitos-fundamentais

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Vaginismo: Dores durante o sexo são um sinal de que há algo errado




















Fonte: Desconforto pode indicar desde doenças cervicais a distúrbios psicológicos
POR MINHA VIDA - ATUALIZADO EM 09/08/2013
 http://www.minhavida.com.br/saude/materias/12674-dores-durante-o-sexo-sao-um-sinal-de-que-ha-algo-errado



Infelizmente, nem sempre as 
relações sexuais são sinônimo de prazer. Para algumas mulheres a penetração, que deveria ser um ato gostoso partilhado pelo casal, é extremamente dolorida e desconfortável. E a dor varia de mulher para mulher, podendo ser de diversas intensidades e se manifestar até na região anal. Mas atenção: sentir dor durante o sexo é um forte indício de que há algum problema, seja físico ou psicológico. 

A especialista em 
sexualidade do Setor de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Tereza Barroso, explica que o incômodo pode estar apenas relacionado a posições sexuais pouco confortáveis. Porém, também é sintoma de doenças vaginais provocadas por bactérias ou fungos. "Em alguns casos indica patologias vulvares e doenças cervicais, como mioma e endometriose", afirma.  



De acordo com Barroso, as patologias que podem provocar dor durante a 
relação sexual são infecções na vagina e vulva, como a candidíase, tumores benignos e malignos, doenças do aparelho urinário, como as cistites, lesões dermatológicas causadas por doenças sexualmente transmissíveis e traumatismos. Nesses casos, a dor costuma desaparecer após o tratamento da doença que provoca o desconforto. 



Segundo a especialista, outra razão para sentir dor ou ardência durante a penetração é a falta de lubrificação. Esse problema pode acontecer, entre outros motivos, porque não houve estimulação suficiente nas 
preliminares. Por isso é tão importante que os parceiros tenham liberdade para conversar sobre o assunto. 



"Outra recomendação, nesses casos, é usar lubrificantes à base de água. Eles ajudam bastante e não prejudicam o preservativo", diz. Ela lembra ainda que essa lubrificação insuficiente é uma das características bastante prevalentes nas mulheres que entram na 
menopausa.  

Por fim, a ginecologista ressalta que a mulher precisa conhecer intimamente sua anatomia. E essa é uma dica que vale para todas elas, não importa a idade. "Durante a masturbação ou a própria relação sexual, ela aprende como obter prazer e quais as posições mais gostosas, além de descobrir formas de transformar a penetração em um momento inesquecível", afirma. 


Vaginismo 


Mas, para algumas mulheres, a dor na relação sexual nada tem a ver com infecções ou patologias cervicais. Nesses casos mais raros, a dor é provocada por fatores psicológicos como o 
vaginismo. Trata-se de uma síndrome psicofisiológica que tem como característica fundamental a contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes à vagina. Isso acontece sempre que há tentativa de penetração. 



"Por conta da dor, a mulher acaba evitando manter relações sexuais, o que não é natural. Em decorrência disso, muitos relacionamentos afetivos ficam fortemente abalados", esclarece.

De acordo com os especialistas, o vaginismo é um problema mais comum em mulheres jovens e naquelas que apresentam história de abuso ou traumas sexuais. Em algumas, o quadro chega a ser tão severo que impede inclusive a realização de exames ginecológicos. Para quem sofre desse distúrbio, o tratamento deve ser individualizado, dependendo das causas do problema. Por isso, a orientação geral é procurar primeiramente o ginecologista. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Desejo Sexual na Mulher













 (Ginecologista)



O desejo sexual na mulher depende do seu bem estar físico e emocional. Um dos primeiros sinais da excitação na mulher é a lubrificação da vagina, que equivale à ereção no homem.
A mulher pode ter este desejo diminuído em períodos de tensão, cansaço, frustração, menopausa, ira ou falta de conversa entre o casal. Então, para tratar este problema é preciso ter em conta todos esses fatores.
Algumas dicas para aumentar o desejo sexual feminino incluem o consumo de alimentos afrodisíacos, experimentar usar um gel lubrificante à base de água e investir um tempo para estarem a sós e não só para o contato íntimo.
No caso de mulheres na menopausa a reposição hormonal é de grande ajuda.

Fonte: http://www.tuasaude.com/desejo-sexual-na-mulher/

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Síndrome do Pânico

Síndrome do pânico: Um transtorno que deve ser levado a sério


A síndrome do pânico ou transtorno do pânico  é, certamente, uma das causas mais freqüentes de procura a psiquiatras e psicoterapeutas.
Ao longo da evolução da espécie humana, o cérebro desenvolveu sistemas fundamentais para responder a perigos próximos ou distantes que levem à destruição imediata do organismo. O pânico resulta da hiperatividade desse sistema cerebral que foi desenhado para produzir respostas imediatas ao perigo iminente.
É uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero, que fazem com que a pessoa tenha a impressão de que vai morrer.
Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, gerando tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.
Se não tratada, pode evoluir para uma série de fobias, limitando a liberdade do indivíduo e podendo enclausurá-lo em sua própria casa durante décadas.

Sintomas
Segundo o Dr. Márcio Bernik, médico psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, os sintomas que o transtorno do pânico provocam são relativamente similares aos da ansiedade normal. “Mas o que caracteriza o pânico é a forma abrupta e inesperada que eles aparecem e o fato de a crise atingir o ápice em dez minutos. Na verdade, bastam 30 segundos para o indivíduo ser tomado inexplicavelmente por tremores, taquicardia, falta de ar, mal-estar na barriga ou no peito, sufocamento, tonturas, boca seca, sudorese abundante. Muitas vezes, tudo isso vem acompanhado da sensação de que algo trágico, como morte súbita ou enlouquecimento, está por acontecer. Nesses casos, é comum a pessoa ter uma reação comportamental de pânico e sair à procura de socorro. Aliás, a sala de espera dos prontos-socorros é um dos lugares onde o médico mais se depara com transtornos do pânico.”

Ansiedade antecipatória e agorafobia
A síndrome do pânico ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens, sendo sua maior incidência entre os 18 e 35 anos. É estatisticamente mais freqüente em indivíduos que tenham algum familiar que apresente o quadro.
A maioria dos pacientes tem a primeira crise entre 15 e 20 anos, desencadeada sem motivo aparente. Com o passar do tempo, as crises vão se repetindo de maneira aleatória. Não prever quando podem surgir novamente gera uma ansiedade chamada de antecipatória. A pessoa fica preocupada com o fato de que os sintomas possam aparecer numa situação para a qual não encontre saída nem ajuda, como dentro de elevadores, metrô, aviões, salas-de-espera de médicos e dentistas, congestionamentos de trânsito.
Se reagir de forma a evitar esses lugares, desenvolverá uma segunda doença, a agorafobia, quadro fóbico que se caracteriza por fugir de situações nas quais uma crise de pânico possa representar perigo, causar embaraço ou a sensação de se estar preso numa armadilha. Geralmente, sofre-se mais pela agorafobia do que pelo pânico em si. É o medo do medo. Alguns pacientes, depois de duas ou três crises, praticamente ficam presos em casa e, nos casos mais graves, não conseguem sair sozinhos.
A maioria das pessoas rapidamente desenvolve algum grau de limitação. Em geral, só conseguem ir trabalhar se puderem percorrer o mesmo caminho. Pegar um avião ou uma estrada congestionada num feriado é hipótese fora de cogitação.
Outra característica da agorafobia é que, uma vez estabelecida, não constitui uma fase passageira da doença e não se cura sozinha. Além disso, as crises não desaparecem com a idade. Começam quando a pessoa é jovem e se manifestam até a idade madura.

Evolução
O paciente típico é uma mulher, mas a doença também pode ocorrer com evolução e sintomas idênticos nos homens. Essa freqüência maior no sexo feminino é atribuída à sensibilização das estruturas cerebrais pela flutuação hormonal, visto que a incidência do pânico aumenta no período fértil da vida.
Geralmente, depois da primeira crise, ocorrem outras – duas a quatro por semana – que vêm e passam. A partir de então, num período que se estende de um até cinco anos, uma série de conseqüências começa a manifestar-se. A pessoa tranqüila de antes se torna tensa por dois motivos especiais: a expectativa da próxima e inesperada crise e, paradoxalmente, porque a tensão protege contra o pânico. Se antes possuía uma personalidade relaxada e autoconfiante, fica insegura e leva uma vida mais restrita por causa da agorafobia que pode se instalar.

Diagnóstico
É fundamental verificar se o quadro do pânico é secundário a outras patologias. O hipertireoidismo, por exemplo, pode provocar sintomas muito parecidos com os das crises de pânico.
Uma vez afastadas essas possibilidades, é relativamente simples firmar o diagnóstico clínico do transtorno do pânico. Os sintomas são muito claros. Deve-se, ainda, tentar fazer uma análise funcional para estabelecer as limitações que a doença acarretou a fim de estimular uma melhora na qualidade de vida do paciente.

Tratamento
Consiste em combinar os medicamentos e terapia comportamental. É mais eficiente, segundo o Dr. Márcio Bernik, pois é muito penoso para o paciente adotar um programa comportamental baseado na exposição a situações que provocam pânico, sistematicamente, de forma gradual e progressiva, até que ocorra a dessensibilização (tratamento que visa a introdução de doses preventivas, experimentais e/ou curativas da doença).
A terapia de exposição baseia-se na capacidade de o ser humano habituar-se ao estresse. É como se assistisse a um filme de terror 15 vezes. Na primeira vez, os cabelos ficam em pé. Na segunda, como já sabe o que vai rolar e que vai espirrar sangue no teto, a reação é menos intensa. Na última, o filme não desperta mais nenhuma resposta emocional. Todavia, os pacientes aceitam melhor o tratamento e melhoram mais depressa se simultaneamente tomarem antidepressivos, medicação que se torna obrigatória para os 60% daqueles que têm depressão associada ao pânico.

Duração
Segundo o Dr. Márcio Bernik, deve ser mantido por seis meses no mínimo e idealmente por um ano. A melhora costuma ocorrer entre duas e quatro semanas, mas parece que as alterações biológicas demoram meses para desaparecer. Desse modo, se o tratamento for interrompido nos primeiros sinais de melhora, 80% dos pacientes vão sofrer recidiva (recaída na doença, quando já se entrava em convalescença) em quatro a seis semanas.
Com a sua experiência com pacientes com síndrome do pânico, ele lembra que um a cada três abandona o tratamento porque os efeitos colaterais aparecem no primeiro dia e a melhora, só duas ou três semanas depois. Há ainda a agravante de que as crises do pânico pioram nas primeiras 48 horas do tratamento com remédios. Ele procura manter os seus pacientes tomando remédio pelo menos por um ano, o tempo ideal para evitar uma recidiva precoce.
O pânico é mais recidivante do que a depressão. No entanto, o remédio que funcionou na primeira crise vai funcionar nas outras. De qualquer forma, é importante alertar os pacientes de que, em 80% dos casos, as crises podem voltar. Mas, se voltarem, os medicamentos serão os mesmos porque não induzem tolerância.

Atividade física e família

Além de fazer bem para todo o mundo porque é excelente para o condicionamento cardiovascular, o exercício físico provoca algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico. O Dr. Márcio lembra que é impossível fazer um exercício físico vigoroso sem sentir taquicardia, sudorese, perna bamba. Por isso, não se pode diagnosticar transtorno do pânico se os sintomas ocorrerem após atividade física extenuante.
Entretanto, experimentar essas sensações do pânico num contexto agradável, por exemplo, numa partida de vôlei ou num jogo de futebol, ajuda no processo de dessensibilização. Por isso, se não houver contra-indicações, exercícios físicos mais vigorosos representam uma forma de terapia de exposição às sensações internas que o pânico causa.
Como todas as doenças psiquiátricas, o pânico não dá pintas vermelhas no rosto como o sarampo nem febre alta. Por isso, é de importância fundamental a conscientização da família. O mal-estar que o paciente experimenta num congestionamento é muito diferente do desconforto que qualquer um possa sentir. Por outro lado, o excesso de compreensão pode favorecer a esquiva fóbica e a pessoa não sai mais de casa nem para ir à padaria. Na verdade, a agorafobia cresce com os bons cuidados. A família deve incentivar a atividade do doente, mostrando-lhe a importância  de continuar indo à escola, ir ao clube, ir trabalhar e não pedir demissão, o que será melhor para sua auto-estima. “Repouso é bom para gripe. Para doenças crônicas como depressão e pânico, que muitas vezes a pessoa carrega pela vida afora, o pior é ficar em casa repousando. O certo é levar a vida o mais normal possível apesar das dificuldades”, alerta o psiquiatra.
Lúcia Nascimento

Fontes: Site oficial Dr. Dráuzio Varella. Disponível em: . Acesso em: outubro 2005.
Instituto de Gestalt-terapia e atendimento familiar. Disponível em: . Acesso em: outubro 2005.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

SEXUALIDADE NORMAL E TRANSTORNOS SEXUAIS

Psicólogo e sexólogo Paulo Bonança. Copacabana Contato :(21) 2236-3899 e 99783-9766 






O comportamento sexual humano é diversificado e determinado por uma combinação de vários fatores tais como os relacionamentos do indivíduo com os outros, pelas próprias circunstâncias de vida e pela cultura na qual ele vive. Por isso é muito difícil conceituar o que é "normal" em termos da sexualidade.

O que se pode afirmar em relação a isso é que a normalidade sexual está relacionada ao fato da sexualidade ser compartilhada de forma que o casal esteja de acordo com o que é feito, sem caráter destrutivo para o indivíduo ou para o parceiro e não afronta regras comuns da sociedade em que se vive.   



A anormalidade pode ser definida quando há uma fixação em determinada forma de sexualidade ou em determinada pessoa, ou ainda quando a pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer. A anormalidade pode ser definida quando: Há uma fixação em determinada forma de sexualidade; A pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer, como, por exemplo, no voyeurismo em que só consegue obter prazer ao masturbar-se, observando pessoas sem o consentimento delas; A pessoa não consegue ter relacionamento sexual com outras pessoas. 


O que deve ser lembrado é que a sexualidade humana envolve, além do ato sexual em si, outras atividades, como fantasias, pensamentos eróticos, carícias e masturbação. As fantasias sexuais são pensamentos representativos dos desejos sexuais mais ardentes de uma pessoa e tem a função de complementar e estimular a sexualidade, tanto da realização do ato sexual com um parceiro quanto da estimulação auto-erótica (masturbação). A masturbação também é componente normal da sexualidade, e consiste no toque de si mesmo, em áreas que dão prazer ao indivíduo (áreas erógenas), que incluem os genitais e/ou outras partes do corpo, com a finalidade de obter prazer. 


No ser humano, as sensações sexuais despertadas, seja por fantasias, por masturbação ou pelo ato sexual em si, ocorrem numa sucessão de fases que estão interligadas entre si, que são chamadas de as Fases da resposta sexual humana. Fases da resposta sexual humana: Desejo: Consiste numa fase em que fantasias, pensamentos eróticos, ou visualização da pessoa desejada despertam vontade de ter atividade sexual. Excitação: Fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo desejo. Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais que são representadas basicamente no homem pela ereção (endurecimento do pênis) e na mulher pela lubrificação vaginal (sensação de estar intimamente molhada). Orgasmo: É o clímax de prazer sexual, sensação de prazer máximo, que ocorre após uma fase de crescente excitação. 

No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não conseguir mais segurar a ejaculação, e então ela ocorre; e na mulher, ocorrem contrações da musculatura genital. Resolução: Consiste na sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral que ocorre após o orgasmo que, para os homens em geral, associa-se ao seu período refratário (intervalo mínimo entre a obtenção de ereções). Na mulher, este período refratário não existe: ela pode, logo após o ato sexual ter novamente desejo, excitação e novo orgasmo, não necessitando esperar um tempo para que isso ocorra novamente. DISFUNÇÕES OU TRANSTORNOS SEXUAIS Disfunções ou transtornos sexuais são problemas que ocorrem em alguma das fases da resposta sexual humana. Disfunções Sexuais Femininas Na mulher, as disfunções sexuais mais comuns são: as inibições do desejo sexual, a anorgasmia, o vaginismo e a dispareunia. 

As inibições do desejo sexual ou transtorno do desejo sexual hipoativo, constituem a falta ou diminuição da motivação para a busca de sexo, ou seja, a pessoa não tem vontade de manter relações sexuais. Isso ocorre mais comumente devido a: problemas no casamento (brigas, desentendimentos quanto ao que cada um espera do relacionamento) falta de intimidade dificuldades de comunicação entre o casal, ou ainda, devido a tabus sobre a própria sexualidade, como, por exemplo, associações de sexo com pecado, com desobediência ou com punições Inibições decorrentes de traumas sexuais (abuso sexual, estupro) doenças, a problemas hormonais e ao uso de certas drogas e remédios.

  O diagnóstico pode ser feito por médico clínico, ginecologista, psiquiatra ou psicólogo, através das queixas apresentadas pela paciente; dependendo das queixas, pode ser necessária a realização de exames, para se descobrir a origem da falta de desejo. O tratamento se faz de acordo com a causa. Quando houver problemas clínicos (doenças), a paciente deve ser encaminhada para um especialista, quando necessário (por exemplo, um endocrinologista quando houver problemas hormonais), sendo que cada tipo de diagnóstico vai requerer um tipo específico de tratamento. Entretanto, a maioria dos casos deve-se a problemas psicológicos ou problemas no relacionamento do casal, e esses deverão ser tratados por psicólogo ou psiquiatra, tentando descobrir as causas, compreendê-las e resolvê-las.

 A anorgasmia ou disfunção orgásmica é a falta de sensação de orgasmo na relação sexual. Pode ser primária, quando a mulher nunca teve orgasmo na vida, ou secundária, quando tinha orgasmos e passou a não tê-los mais. Ainda pode ser classificada em absoluta, quando a anorgasmia ocorre sempre, e situacional quando ocorre só em certas situações (por exemplo, em certos locais em que a pessoa não se sente confortável, ou com parceiro com o qual tenha algum tipo de conflito). A mulher com anorgasmia pode aproveitar plenamente das outras fases do ato sexual, isto é, tem desejo, aproveita as carícias e se excita, porém algo a bloqueia no momento do orgasmo.

  As causas da anorgasmia são principalmente psicológicas, envolvendo problemas nos relacionamentos interpessoais, conflitos a respeito da sexualidade, falta de conhecimento do próprio corpo e sensações, dificuldade na intimidade e comunicação do casal em assuntos sobre sexo. Problemas clínicos também podem causar anorgasmia, por exemplo, acidentes que atingem a medula espinhal, alterações hormonais, corrimentos vaginais freqüentes ou ainda anormalidades na forma da vagina, do útero ou dos músculos que formam a região pélvica (região onde se situam os órgãos genitais). O vaginismo é uma contração inconsciente, não desejada, da musculatura da vagina, que ocorre quando a pessoa imagina que possa vir a ter um ato sexual. Essa contração atrapalha ou impede a introdução do pênis, a qual, se for tentada causará muita dor, sendo que na maioria das vezes o casal não consegue ter ato sexual com penetração. Pode ser conseqüência de uma educação rígida que provocou muitos tabus sexuais gerando conflitos psicológicos, conseqüência de traumas sexuais (estupro ou abuso sexual) ou de experiências sexuais anteriores que tenham causado sofrimento físico.

 O diagnóstico é feito em geral pelo ginecologista, através do relato da paciente e também pelo exame ginecológico. O tratamento consiste em identificar e tentar modificar a causa do vaginismo. 

Esse tipo de tratamento é feito por ginecologistas ou terapeutas sexuais, e consiste na realização de exercícios genitais com a intenção de conseguir o relaxamento da pessoa, tentando evitar que ocorra a contração no momento do ato sexual e no entendimento das causas psicológicas associadas. Esse tipo de tratamento é feito por ginecologistas ou terapeutas sexuais, e consiste: No entendimento das causas psicológicas Na realização de exercícios genitais com a intenção de conseguir o relaxamento da pessoa, tentando evitar que ocorra a contração no momento do ato sexual. A dispareunia é a dor genital que ocorre repetidamente antes, durante ou após o ato sexual. 

As causas mais comuns são doenças ginecológicas (tipo corrimento vaginal ou alterações no formato da vagina) ou contração da musculatura vaginal durante o ato sexual, devido a conflitos psicológicos relativos à sexualidade. O diagnóstico em geral é feito pelo ginecologista, também se faz pela análise das queixas da paciente e do exame ginecológico e o tratamento será de acordo com a causa, isto é, tratamento para a doença diagnosticada, feito em geral pelo próprio ginecologista ou tratamento com psicólogos ou psiquiatras, quando o problema for decorrente de conflitos psicológicos. Disfunções Sexuais Masculinas As disfunções sexuais masculinas mais comuns são: a disfunção erétil (impotência) e a ejaculação precoce. A disfunção erétil conhecida como impotência, consiste na incapacidade em obter ou manter uma ereção que permita manter uma relação sexual, ou seja, o homem não consegue que seu pênis fique e permaneça duro e assim consiga ter relação sexual com penetração. 

As causas mais comuns são: Doenças como diabetes, pressão alta, colesterol alto Traumas ou acidentes envolvendo a medula espinhal ou o próprio pênis O fumo, uso de drogas e alguns medicamentos (principalmente aqueles usados para tratamento de problemas do coração) Abuso de álcool Causas psicológicas (medos ou tabus em relação à sexualidade) O paciente poderá ser encaminhado ao urologista (especialista que trata esses casos), onde certos exames podem ser feitos para descobrir a causa da impotência. O tratamento dependerá da causa. 

Para alguns casos de impotência existem medicamentos ou injeções intrapenianas, que deverão ser usados apenas com prescrição médica, pois são indicados para casos específicos. Próteses penianas ficariam como última opção, pois uma vez colocadas não há como retirá-las, e são indicadas apenas quando nenhuma outra opção funcionou. É importante lembrar que muitas vezes fatores psicológicos podem causar disfunção erétil. Conversar sobre esses conflitos internos com psicólogo ou psiquiatra podem resolver o problema sem ser necessário outros tipos de tratamento. 

A ejaculação precoce acontece quando o homem não tem controle sobre sua ejaculação, não conseguindo segurá-la até o final do ato sexual, o que leva a uma redução na sensação de prazer. Assim, a ejaculação pode ocorrer logo que o homem tem pensamentos eróticos e ereção, sem nem ocorrer a penetração, ou ainda logo após haver a penetração. A ejaculação precoce pode ser decorrente de causas físicas (doenças, traumatismos) ou mais comumente de problemas psicológicos.

 Quando o homem nunca teve controle ejaculatório, o mais comum é que seja por causas psicológicas (como ansiedade, primeiras experiências sexuais tensas ou ainda dificuldades no relacionamento do casal). Mas quando o homem tinha controle ejaculatório e passou a não ter mais, é necessário fazer exames com um urologista e neurologista, pois mais provavelmente a causa do problema é física.

 O tratamento depende da causa: tratamentos específicos para as doenças encontradas ou lesões diagnosticadas, feitos pelo urologista ou neurologista; ou psicoterapia (tratamento psicológico) para os problemas psicológicos, com psicólogo ou psiquiatra. Colaboradoras Dra. Alice Sibile Koch Dra. Dayane Diomário da Rosa Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?388 Leia Mais: SEXUALIDADE NORMAL E TRANSTORNOS SEXUAIS - ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?388#ixzz2srtyAWqE (c) Copyright 2001-2013 - ABC da Saúde Informações Médicas Ltda Follow us: @abcdasaude on Twitter | ABCdaSaude on Facebook

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O que é terapia sexual?

A Terapia Sexual existe para trabalhar as dificuldades sexuais, e os psicoterapeutas sexuais são também chamados de sexólogos. A sexualidade humana, configura-se como uma das áreas mais intimas do individuo, e deve ser tratada com respeito, profissionalismo e ética.

   
 A maior parte dos distúrbios sexuais não se deve a traumas psíquicos profundos, mas a desajustamentos causados por desinformação e crises - ás vezes passageiras- de convivência. 

    Antes, as disfunções sexuais eram consideradas manifestações de séria psicopatologia e encaradas com pessimismo terapêutico. A evidência, hoje, sugere que as dificuldades sexuais, embora possam, naturalmente, ser manifestações de profundo distúrbio emocional, não se apresentam invariavelmente assim, ocorrendo também comumente em pessoas com perfeito funcionamento em outras áreas, sem demonstrarem  nenhum sintoma psicológico.

    Em muitos casos as disfunções sexuais têm  suas raízes em problemas mais imediatos e mais simples que, até recentemente, eram ignorados, tais como a antecipação de deficiência para a função, exigências reais ou imaginárias para a execução do ato sexual, medo da recusa ou humilhação pelo parceiro e medo das DST'S, dentre outros.
    Muitos pacientes com dificuldades sexuais respondem rapidamente e favoravelmente aos métodos de tratamento destinados a modificar tais obstáculos imediatos ao funcionamento sexual.

     A terapia do sexo difere-se das formas tradicionais de tratamento de dois modos: primeiro, os objetivos da terapia sexual são limitados essencialmente ao alívio da dificuldade sexual do paciente; segundo, a terapia do sexo distingue-se pelo emprego de tarefas sexuais e de comunicação, como partes integrantes do tratamento.

    Entretanto, no curso da terapia sexual, os conflitos intrapsíquicos e transacionais são quase invariavelmente tratados em alguma extensão. Na realidade, a cura da dificuldade sexual é geralmente impossível sem tal intervenção.

    O uso das experiências sexuais estruturadas, sistematicamente integrado ao conjunto das sessões terapêuticas, é a principal inovação e o característico distintivo da terapia do sexo. 

    O terapeuta sexual esta preparado para ajudar o cliente a solucionar  dificuldades envolvendo problemas sexuais, como: impotencia (disfunção erétil); ejaculação sem controle; falta de   orgasmo (anorgasmia); problemas de incompatibilidade sexual do casal ou de parceiros; falta de vontade para o sexo; compulsão sexual, entre outros. 
Bibliografia: A Nova terapia sexual, Kaplan, H. S.